sexta-feira, 30 de abril de 2010

1º de MAIO




A NINGUÉM FALTAVA O PÃO,
SE ESTE DEVER SE CUMPRISSE:
GANHARMOS EM RELAÇÃO
COM O QUE SE PRODUZISSE.

QUEM TRABALHA E MATA A FOME,
NÃO COME O PÃO DE NINGUÉM,
MAS QUEM NÃO TRABALHA E COME,
COME SEMPRE O PÃO DE ALGUÉM.

VÓS QUE LÁ DO VOSSO IMPÉRIO
PROMETEIS UM MUNDO NOVO,
CALAI-VOS QUE PODE O POVO
QUERER UM MUNDO NOVO A SÉRIO

segunda-feira, 26 de abril de 2010

NO RESCALDO/RESSACA DO 25 DE ABRIL

1. Cavaco descobriu (PR deste País de descobridores de caminhos marítimos e pescadores...) o mare nostrum (não assim porque, fora das finanças, de nada mais ele sabe... e sobre finanças saberá muito mas com antolhos...)!


Seria interessante estudar as consequências dos seus mandatos/anos como chefe do executivo no seu desgraçado malbaratar desse nosso recurso inigualável e indiscutível vantagem comparativa!

2. O grande motivo mediático das oficiais comemorações teria sido a citação de Lenine (ainda por cima incorrecta), feita pelo discursador em nome do PSD. Ex-citação!

E eu que julgava que tudo o que viesse de Lenine era in(a)c(e)itável...

Como a realidade se impõe!

Só nos incita à luta!
 
Anónimo sec XXI-Sérgio Ribeiro

sexta-feira, 16 de abril de 2010

CONVERSA FIADA


O presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, acusa os trabalhadores de estarem a «sacrificar» os resultados da empresa para 2010. Motivo: o pré-aviso de greve às horas extraordinárias nos próximos dias 17 e 18 e de greve total de 19 a 22 de Abril, em luta pela a actualização salarial e pela atribuição do Prémio de Produtividade.
A acusação consta de uma missiva aos «estimados colegas e colaboradores», enviada por email, onde Ferreira de Oliveira considera que os «objectivos da greve não são nem justos nem possíveis de satisfazer», e esgrime o aumento de 1,5% decidido sem o acordo dos sindicatos como um «aumento relevante do poder de compra».
Justificando a sua posição, o presidente executivo da Galp Energia fala do «contexto exógeno extremamente difícil» em que a empresa laborou em 2009, especificando que «os mercados ibéricos de produtos petrolíferos e gás natural caíram cerca de 10%; o preço médio do crude caiu 37%; as margens de refinação foram inferiores às do ano anterior em mais de 60%; o preço do gás natural nos mercados spot mais do que 50%». Conclusão, «todos» têm de fazer sacrifícios.
O que Ferreira de Oliveira não diz aos «estimados colegas e colaboradores» – terá sido por esquecimento? – é que no mesmo ano – o ano de todas as crises, como governantes, patrões, dirigentes partidários «com vocação de poder» e comentadores mais ou menos encartados não se cansam de repetir aos trabalhadores portugueses – a Galp Energia apresentou lucros de 213 milhões de euros (213 000 000€).
Também certamente por esquecimento, Ferreira de Oliveira omite que em 2009 os administradores da Comissão Executiva da Galp Energia receberam, entre remunerações mensais – que oscilam entre 25 000 e 76 400€ –, remunerações variáveis e um vasto leque de mordomias pouco consentâneas com a «grave crise», a módica quantia de mais de 6,2 milhões de euros (6 200 000€).
E não fala igualmente – sem dúvida para não fazer enjoar os «estimados colegas e colaboradores» – do seu próprio vencimento, o qual, a fazer fé em notícias vindas a público, dá para grandes canseiras, como fazer mil viagens às Maldivas.
Ou seja, traduzindo por miúdos, apesar da «crise económica em que vivemos», a Galp Energia apresentou lucros de milhões e continuou a pagar principescamente aos seus administradores, mas quando os «estimados colegas e colaboradores», vulgo trabalhadores, reivindicam uma mais justa redistribuição da riqueza que criaram, aqui d'el rei que se está a comprometer o futuro da empresa e das gerações vindouras.
Instalados nos seus belos cadeirões de couro, os senhores administradores querem fazer acreditar que sem eles o mundo deixaria de girar e que nem um cêntimo de mais valia seria gerado. Prosápia enganadora. Mal ouvem falar de greve é um quem nos acode e um vale tudo, até cartas aos «estimados colegas e colaboradores» com apelos à solidariedade. Só não chega a ser ridículo porque revela uma profunda verdade: sem os trabalhadores não há riqueza. Os que se apropriam dos lucros sabem-no bem, por isso têm tanto medo da luta de classes

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pedro Passos Coelho é o conto do vigário.

"Agora é a vez de Pedro Passos Coelho. Antes foi a de Manuela Ferreira Leite, Luís Filipe Menezes, Marques Mendes, Santana Lopes, Durão Barroso, Marcelo Rebelo de Sousa, Fernando Nogueira, Cavaco, e outros tantos. Sempre o mesmo blá, blá, para enganar incautos.
E as pessoas continuam com as mesmas incapacidades fundamentais, sem sequer conhecerem a diferença entre forma e substância. O vendedor de banha de cobra Passos Coelho é, na verdade, um trauliteiro. Um reaça com frustrados a apoiá-lo, como essa figura pidesca, com tanto para contar, designada Ângelo Correia, o ministro da administração interna com "insurreição dos pregos", que pode e há-de exibir para sempre o assassínio brutal de dois trabalhadores às mãos da polícia de choque que comandou.
Ora estes trapaceiros, mais velhos ou mais novos, mais sérios ou mais corruptos, exibindo mais ou menos as setas do partido a que pertencem, mas que poderiam perfeitamente chefiar o gabinete de um qualquer pinochet, desde que a retribuição lhes agradasse, não têm qualquer solução para salvar o país.
Mas como experimentados vigaristas políticos acham que o verbo é tudo. E, de eleição para eleição, recauchutam o discurso, mudam os fatos e as gravatas, os penteados e os olhares, o tom de voz e os trejeitos, as designações e os ademanes, sem abandonarem, contudo, a política velha que tanto desastre causou já.
Sofistas, invertebrados, acham que as respectivas barrigas determinam Portugal e confundem os umbigos sujos com o interesse nacional. Por isso, enebriados, investem contra o monumento que ainda representa a revolução de Abril, a Constituição da República.
Passos Coelho pode ganhar todas as eleições. O que não conseguirá é disfarçar, para quem da História souber alguma coisa, a sua essência de plástico recauchutado. Vejo-o como um organismo composto de restos putrefactos: as pernas de Durão, o cérebro de Menezes, as mãos de Mendes, a incoerência de Nogueira e a impotência, a desadequação, da política que todos desenvolveram.
Votar nele é pois, a curto ou médio prazo, convocar um novo congresso do ppd, psd, da mesma coisa infecta que se vê. E adiar a real alternativa à criminosa política de direita."
Pedro Namora

terça-feira, 13 de abril de 2010

Homenagem?

«O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, homenageou dia 11 de Abril o marechal António Spínola. O sr. Spínola foi presidente do chamado Exército de Libertação de Portugal (ELP), organização terrorista criada pelo ex-pide Barbieri Cardoso, e do MDLP. Estas organizações praticaram numerosos crimes em 1975 e 1976, como o assassínio do padre Max, o ataque à Embaixada de Cuba, incêndios de sedes do PCP e actos bombistas. Associou-se à homenagem o presidente “socialista” da Câmara Municipal de Lisboa, que não teve pejo em dar o nome do referido indivíduo a uma avenida da cidade.».