quinta-feira, 17 de abril de 2008

34º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

APELO ÀS CIDADÃS E CIDADÃOS
O 25 de Abril de 1974 foi um renascimento na nossa História
Depois da fome,da guerra,da prisão,tortura e censura num longo e doloroso meio século,vimos os cravos da Liberdade e da Democracia ser plantados nas ruas e praças de Portugal.
A esperança de um novo futuro de progresso social e cultural,com desenvolvimento e justiça social,direitos indivíduais e colectivos cada vez mais amplos fez transbordar a alegria colectiva de milhões de portugueses pelos dias de Maio.
34 anos volvidos,firmados no muito que inquestionavelmente avançou,sentimos generalizar-se um sentimento de que as promessas de Abril e o projecto democrático inscrito na constituição estão a ser adiados e postos em causa.
Constituem sinais desse mal estar que não pode deixar de nos preocupar,o fosso social que se alarga entre portugueses,dois milhões dos quais na situação de pobreza,uma juventude sem expectativas de emprego,o declínio da participação civica e o aumento da desconfiança na justiça.Não podemos ignorar o grito e protesto legítimo de muitos portugueses inquietados pelo pão e o trabalho,a habitação,a saúde e a educação.
preocupam-nos os afloramentos e desvios autoritários,as ocorrências inaceitáveis em que o exercício de direitos e liberdades fundamentais é vigiado,senão restringido,corroendo a vida política,social e económica e enfraquecendo a Democracia.
Comemorar Abril continua a ser a Festa da esperança renascida em Portugal com a revolução dos Cravos.
Mas deve ser igualmente a reflexão democrática,serena,exigente e criadora sobre os caminhos percorridos.

Dirgimos este Apelo às cidadãs e cidadãos do Distrito de Braga para que se associem e participem na Festa de 24 e no Desfile do dia 25 de Abril em Braga

quinta-feira, 10 de abril de 2008

TODOS À RUA


Na sequência da agudização da luta de classes no nosso País, o ano de 2007, terminou com a luta de massas num ponto muito alto. A grandiosa manifestação de 18 de Outubro foi o resultado natural desse notável ascenso da luta dos trabalhadores portugueses.Estamos no início de 2008 e os trabalhadores e as populações já foram obrigados a responder com grandes acções de luta contra a ofensiva do Governo que manteve e agravou ainda mais as já difíceis condições de vida da grande maioria do povo português. Mas, ao mesmo tempo, alargou substancialmente as fortunas de uma minoria parasitária de capitalistas que, à custa de isenções fiscais, subsídios do orçamento do estado, tráfico de influências e sobretudo à custa da exploração daqueles que têm como única riqueza a sua força de trabalho, vêm todos os dias a sua riqueza a aumentar. E por isso batem palmas de apoio ao governo do PS enquanto esperam mais umas prendas, que chegarão com as alterações ao Código do Trabalho. Não aquelas que o PS prometeu aos trabalhadores para lhes caçar o voto, mas sim aquelas que vão ao encontro dos interesses de classe do grande capital. Melhores condições para despedir, redução de salários, retirada de direitos, ataque à organização sindical dentro da empresa, entre outras malfeitorias. Entretanto, o povo português está já a sentir os efeitos do aumento do custo de vida, muito superior ao dos salários e das reformas, as consequências do encerramento de serviços públicos nomeadamente na área da saúde. O desemprego continua a aumentar e as multinacionais mais uma vez vão levantar a tenda, rumo a outras paragens, onde a exploração pode ser ainda mais intensa, onde terão acesso a novos e chorudos subsídios e por isso mesmo, a lucros ainda maiores. E como acontece no nosso País, aí de novo farão chantagem com os trabalhadores. Ou aceitam a intensificação dos ritmos de trabalho, a perda de regalias e direitos e salários de miséria, ou ficam sem o posto de trabalho e sem o pão, ameaçando com novo levantar da tenda. Como sempre, deixam atrás de si um rasto de miséria e infelicidade para milhares de assalariados e suas famílias. As próximas vítimas, tudo indica, serão mais cerca de mil trabalhadores da Delphi em Ponte de Sor e da Yazaki em Vila Nova de Gaia, a juntar aos mais de 600 mil, o maior nível de desemprego desde o 25 de Abril.


Um passo para a alternativa


O Governo, como sempre, ao serviço dos interesses de classe do grande capital vem dizer que nada pode fazer. Porque não quer, acrescentamos nós! E por isso, enquanto o capital apoia a politica do Governo, os trabalhadores e as populações lutam contra ela - foram os professores, os trabalhadores da administração local e central, dos correios, os ferroviários, os jovens assalariados, os reformados e tantos outros que, neste início do ano, já estiveram envolvidos em acções de luta e protesto, contra a política de direita do Governo PS. No dia 5 de Abril, milhares de pessoas, saíram à rua em defesa do Serviço Nacional de Saúde e contra o encerramento de serviços e a lutar pela construção de outros. Em todo este largo e intenso caudal de luta e protesto, neste início de ano de 2008, estiveram presente o apoio e empenhamento do nosso Partido, sempre ao lado dos trabalhadores e do povo, na defesa dos seus interesses e propostas. Mas a luta está em crescendo e a CGTP-IN convocou uma jornada nacional de luta a realizar nos dias 16 de Abril, no Porto, e 17, em Lisboa, para fazer recuar o Governo na tentativa de alterar para pior o Código de Trabalho e o nosso Partido apoia esta acção de luta. Por isso mesmo, a tarefa de cada organismo e cada militante comunista, no local de trabalho e de residência, em casa, em todo lado onde se proporcione é, mobilizar, convencer e ajudar a entender a importância da luta para travar a ofensiva do Governo e para alterar a situação politica a favor da grande maioria do povo. Sair à rua e participar nos dias 16 e 17 na acção da CGTP-IN, é um valioso contributo e um passo em frente na direcção certa a caminho da alternativa politica, que a luta de massas vai acabar por impor, a bem do povo e do País.