quarta-feira, 19 de novembro de 2008

XVIII CONGRESSO DO PCP


Nos dias 29,30 de Novembro e 1 de Dezembro realiza-se o XVIII Congresso

Para trás fica muito trabalho feito quanto à elaboração colectiva da linha política do Partido e à preparação da proposta de composição do Comité Central a eleger no Congresso. Um trabalho exigente envolvendo um amplo processo de discussão e consultas que é timbre dos métodos de funcionamento democrático do nosso Partido sem sombra de paralelo com qualquer outro partido português.

O Partido não fechou para Congresso. Os comunistas desenvolveram uma intensa actividade no combate à violenta ofensiva do Governo do PS, tanto no dia a dia da luta dos trabalhadores e do povo como na empenhada intervenção para o êxito de jornadas de convergência sectorial, regional e nacional. O grande sucesso da nossa bela Festa do Avante! merece ser sublinhado por tudo o que exprime quanto à natureza de classe e enraizamento do PCP entre as massas. A campanha «É tempo de lutar, é tempo de mudar» traduziu-se num vasto e oportuno conjunto de acções. Conjugando a luta de massas com a luta no plano institucional, o Partido e os eleitos da CDU bateram-se na Assembleia da República, no Parlamento Europeu, nas Câmaras e Assembleias Municipais, de norte a sul do país, contra as políticas de direita e em defesa dos interesses populares. A luta contra as alterações para pior ao Código do Trabalho constituiu e vai continuar a constituir uma prioridade. Daí a grande importância do «dia nacional de luta» de 1 de Outubro promovido pela CGTP: a avaliação muito positiva que dela fazemos, com a valorização de uma sua característica central – jornada assente nas empresas e locais de trabalho e por ramos de actividade e sectores profissionais – tem implicações duradouras na orientação do Partido. À violenta ofensiva contra a organização e a unidade dos trabalhadores, contra os sindicatos, é necessário responder afirmando características que, desde antes do 25 de Abril, constituem a força do sindicalismo de classe português: a ligação aos trabalhadores, a implantação nas empresas e locais de trabalho, uma ampla rede de comissões e delegados sindicais, uma profunda sintonia com as aspirações, o estado de espírito e a disposição de luta das massas trabalhadoras.

Quanto às tarefas de construção do Partido não registamos apenas sucessos. Mas como indicam as Teses em discussão verificaram-se desde o XVII Congresso importantes avanços e o PCP chega ao XVIII Congresso mais forte, mais unido, mais ligado aos trabalhadores, desfrutando de maior simpatia e apoio entre as massas, simpatia e apoio que, sem ignorar a dificuldade em fazer corresponder apoio social e apoio eleitoral, procuraremos capitalizar nas eleições do próximo ano. Entretanto é necessário que, como indicou o Comité Central, continuemos o esforço para chegar ao XVIII Congresso com os melhores resultados possíveis quanto ao recrutamento, ao número de militantes organizados nas empresas e locais de trabalho, ao número de membros do Partido com a cota em dia e noutros dos principais índices organizativos.

As semanas que nos separam da nossa grande assembleia de 29, 30 de Novembro e 1 de Dezembro no Campo Pequeno vão exigir muito do colectivo partidário. Para que o debate das Teses e a eleição de delegados sejam o mais participados possível. Para enviar atempadamente para a Comissão de Redacção as propostas de emenda e enriquecimento das Teses. Para recolher sugestões e observações de simpatizantes, amigos e aliados; não só a sua opinião é importante, como essa é também uma maneira de estreitar laços de trabalho unitário que se revelarão particularmente importantes nas batalhas eleitorais que se avizinham. Para assegurar a deslocação organizada a Lisboa, não só dos delegados mas também dos numerosos convidados que queremos ter connosco no nosso Congresso.

O caminho já percorrido nesta terceira e última fase de preparação do XVIII Congresso anima a nossa convicção de que, como disse o Secretário-Geral do Partido na sua entrevista ao «Avante!» de 9 de Outubro, teremos um grande Congresso. Porque temos realmente um grande partido, em que as análises e orientações a adoptar assentam em três sólidos pilares: um esforço honesto e determinado para apreender e compreender a realidade em movimento; critérios de análise fundamentados no marxismo-leninismo; mobilização democrática do colectivo partidário no exame crítico e autocrítico da actividade do Partido. Estes são pilares sólidos e provados que têm colocado o nosso Partido ao abrigo do subjectivismo e do oportunismo que espreitam permanentemente uma oportunidade para se infiltrar no movimento comunista e revolucionário.

Mas a construção soberana pelos comunistas portugueses da orientação do PCP não se faz numa redoma, ao abrigo de pressões externas que visam perturbar o debate das Teses e projectar do PCP e do seu Congresso uma imagem deformada e mesmo caluniosa. O que nada tem de surpreendente. Surpresa seria vermos as nossas certeiras teses sobre o capitalismo e a crise profunda em que se debate divulgadas e valorizadas em lugar de completamente silenciadas pela comunicação social ao serviço do capital. Surpresa seria vermos as análises do Partido sobre as condições básicas para uma alternativa de esquerda (ruptura com as políticas de direita, desenvolvimento da luta de massas, reforço do PCP) tratadas com objectividade e o respeito que merecem. Surpresa seria que apresentassem o Partido tal como ele realmente é, em lugar de insistirem em projectar a imagem de um partido anquilosado, minado por problemas e dificuldades, explorando lamentáveis casos de despeito, ambição e rendição oportunista.

O Partido dos trabalhadores, sempre na primeira linha da luta contra o capital e as políticas de direita, fiel aos seus princípios e impenetrável a pressões e cantos de sereia anticomunistas, não pode ser tratado com objectividade pelos média, que existem precisamente para reproduzir o domínio do grande capital. Tanto mais quanto o PCP, derrotando as profecias sobre o seu «declínio irreversível», se apresenta firme nas suas convicções, dinâmico na sua intervenção, desfrutando de prestígio crescente entre os trabalhadores e o povo português e no movimento comunista internacional. A grande força de oposição ao Governo do PS e às políticas de direita, lutando pela superação revolucionária do capitalismo, não pode contar com nenhuma «neutralidade» do capital e seus agentes. Essa é uma ilusão que nós comunistas não temos. Mas isso não nos dispensa de lutar contra as discriminações e ataques de que é alvo o nosso Partido. Ao fazê-lo estamos simultaneamente a defender o regime democrático que está a ser tão duramente atacado, diminuído e amputado. Nomeadamente com as iníquas leis dos partidos e do financiamento dos partidos, dirigidas particularmente contra o PCP e a Festa do Avante!: as numerosas moções que têm sido aprovadas nas reuniões e assembleias preparatórias do XVIII Congresso revestem-se por isso de um importante significado político.

Realizamos o nosso Congresso num contexto nacional e internacional de crise económica e financeira profunda, que coloca ao PCP e aos partidos comunistas e revolucionários de todo o mundo grandes desafios. Quaisquer que sejam as incertezas e dificuldades, vamos à luta com espírito ofensivo na luta das ideias e redobrada confiança na superioridade do nosso ideal e na justeza do nosso Programa. O socialismo é a alternativa necessária e possível ao capitalismo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A CDU é sem dúvida a força alternativa que a Póvoa precisa!


As Próximas Eleições autárquicas constituem uma importante batalha que é preciso travar até ao último momento, porque elas são uma grande oportunidade para assegurar uma gestão democrática para a Vila da Póvoa de Lanhoso
Uma grande oportunidade para romper com um passado e com uma política que conduziu a Póvoa de Lanhoso ao marasmo, à desorganização e à descredibilização política.
As eleições do próximo ano são uma grande oportunidade de eleger cidadãos em quem os Povoenses possam confiar.
A Póvoa precisa, mais do que nunca, de homens e mulheres nos vários órgãos autárquicos capazes de concretizar um projecto alternativo de desenvolvimento do Concelho, mas também de homens e mulheres que correspondam inteiramente à ideia de Trabalho – Honestidade – Competência, que justamente as populações associam à CDU.
Homens e mulheres de uma força política que é reconhecida por honrar os compromissos assumidos, fazer o que diz, cumprir o que promete.
Valores que são um património que nos orgulhamos de assegurar, particularmente quando à nossa volta se vêem rasgados os compromissos que se assumiram, quer ao nível do poder local, quer ao nível do governo central.
Temos já nas nossas listas Candidatos com provas dadas, com um passado de luta em defesa das populações, das grandes causas da democracia, do poder local e da justiça social e do desenvolvimento.
Candidatos de uma força política que não temem comparações.
Uma força política que há muito pensa a Póvoa de Lanhoso, age na Póvoa e está com o povo da Póvoa.
Uma força política que se irá apresentar para servir as populações e não como trampolim para promoções pessoais.
Uma força política que tem um projecto para a Vila da Póvoa de Lanhoso.
Projecto que tem como preocupação central a defesa da qualidade de vida das populações e a sua afirmação e prestígio como Terras da Maria da Fonte
É para a concretização desse projecto que quer servir apenas a Póvoa e o seu povo que nós dizemos que o voto dos Povoenses é importante.
A CDU é sem dúvida a força alternativa que a Póvoa precisa!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"ESQUEMAS"


O ESQUEMA DO PÉTRODOLAR

A Queda do Dólar Americano

As pessoas não compreendem a verdadeira razão que levou à guerra do Iraque e a razão que levou à ameaça de guerra pelos EUA ao Irão.
Não são Armas Nucleares, não é o terrorismo e não é por causa do petróleo.
Tem si a haver com o maior “esquema” da história moderna, o esquema do PETRÓDOLAR AMERICANO
Em 1971 os EUA imprimiam e gastavam muito mais dinheiro do que aquele que podia ser coberto pelo ouro que possuíam e produziam.
Uns anos mais tarde a França exigiu a redenção dos dólares que tinha acumulado em stock aos EUA, em troca de ouro. Mas os estados unidos rejeitaram a exigência, já que de facto não tinham ouro suficiente para cobrir os dólares que tinham imprimido e usado para pagar bens por todo o mundo, cometendo desta maneira um acto de bancarrota
Por isso, os EUA foram ter com os sauditas e fizeram um acordo-a OPEP (organização dos países exportadores de petróleo) passaria a fazer todas as vendas de petróleo em dólares americanos.
A partir daquele ponto, qualquer nação que desejasse comprar petróleo, teria de primeiro ter em sua posse dólares americanos. Isso queria dizer que essas nações tinham de pagar aos EUA com bens e serviços, em troca de dólares que os EUA se limitavam a imprimir.
Os Americanos mantinham assim “artificialmente” o valor comercial do dólar e compravam o petróleo literalmente de graça ao imprimir esses dólares. “O perfeito almoço grátis” para os americanos, à custa do resto do mundo.
No entanto o “esquema” começou a ser exposto, quando Saddam Hussein começou a vender o petróleo do Iraque directamente por Euros, anulando o acordo confortável que os EUA tinham com a OPEP.
Sendo assim Saddam tinha de ser detido. Como?
Os EUA “cozinharam”um pretexto para defender a guerra (o drama das torres gémeas), invadiram o Iraque e a primeira coisa que fizeram foi reverter a moeda de venda de petróleo para dólares americanos novamente. A crise monetária estava temporariamente resolvida.
Mas Hugo Chavéz, começou também a vender petróleo Venezuelano por outras moedas alem do dólar e por isso houveram vários atentados contra a sua vida e tentativas de “mudança de regime”, cujos rastos levam à CIA.O “Gato petrodólar tinha fugido do saco”.
O presidente do Irão, Ahmedinejad, ao assistir a tudo isto, decidiu dar um pontapé no estômago do grande Satã e fazer ainda mais-vender o petróleo em troca de todas as moedas, excepto dólares americanos.
O jogo do petróleo e da moeda americana está a chegar ao fim. Á medida que as nações do mundo começarem a perceber que podem comprar petróleo em troca de outras moedas ou das suas próprias moedas, em vez de terem de usar dólares americanos, mais nações da OPEP irão abandonar o dólar
A pior coisa para os americanos será que, eventualmente, terão também de comprar o seu petróleo em Euros ou Rublos em vez de imprimirem simplesmente o dinheiro para o obter.
Isto será o fim do império americano, o fim dos fundos para o exército americano e a destruição da economia americana.
O grande “esquema”está a chegar ao fim e não há muito que os americanos possam fazer acerca disso, excepto, talvez dar inicio a uma nova guerra mundial !

ESPEREM E OBSERVEM…

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O PS NO SEU MELHOR





Vivemos o momento em que a crise capitalista vai caindo do seu nimbo financeiro para aterrar na «economia real», na retracção da actividade produtiva e do consumo, na falência e encerramento de empresas, no desemprego, nas dificuldades crescentes dos trabalhadores e das populações laboriosas. Um momento em que se repercutem todos estes anos de política de direita, factor da crise e da correspondente concentração de riqueza, e se torna ainda mais evidente que o capitalismo não tem respostas nem devir histórico, por muito que o remendem, e que é urgente a ruptura e uma forma superior de organização da sociedade – o socialismo.
Neste quadro o PS/Sócrates (este PS porque não há cheiro de qualquer outro) torna explícita a degradação a que chegaram as suas opções e orientações, ao ponto a que chegou na simbiose com os grandes interesses, nas políticas concretas com que assegura que a crise seja instrumento de mais concentração do capital e polarização da riqueza.
É o PS no seu melhor! O PS que aproveita a crise para prosseguir as mesmas políticas que foram e são factor da crise, para privatizar os lucros e «nacionalizar» os prejuízos, para prosseguir no caminho de mais exploração e menos direitos, como acontece no código do trabalho. O PS que há três semanas negava a crise e agora promove a «psicologia da crise» como factor de medo, de resignação e de aceitabilidade da sua política. E não hesita na demagogia, na mistificação, na chantagem económica, na eliminação de elementos de conteúdo do regime democrático para garantir o poder e as suas benesses.
É o PS no seu melhor! O mesmo PS que, por exemplo, avança com a nomeação dum amigalhaço do MAI para fiscal dos Serviços de Informações (aliás concentrados no Primeiro Ministro como só aconteceu na «outra senhora») e cujo indigitado presidente Marques Júnior constata a evidência - que mil vezes repetimos -, de que é impossível garantir que as «secretas» cumprem a lei e que em vez de daí retirar as devidas conclusões – ou se altera a lei (como sempre propôs o PCP) ou se recusam as funções -, opta pela bravata (eu vou-me a eles!) para esconder a disposição de cumprir com zelo o acordo de 30 anos de PS/PSD/CDS de opacidade e ilegalidade sistemática dos Serviços de Informações.
Oportunismo e serviço dos interesses no poder. É o PS no seu melhor!
E por cá, o PS também no seu melhor, dá como facto consumado a eleição do DrºAntónio Lourenço para a CMPL,ficava-lhes bem só o anúncio oficial da candidatura

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Jornada de Luta do Ensino secundário



A JCP saúda a Jornada de Luta do Ensino Secundário e Básico do 5 de Novembro!
Mais uma vez os estudantes saíram á rua denunciando as políticas injustas dos sucessivos governos PS, PSD ou PSD/CDS e que revelam um ataque gravíssimo á democracia Portuguesa desde o 25 de Abril de 1974.
Assim destacamos:
- O ESTATUTO DO ALUNO - A mais recente ofensiva ao ensino que não passa de um conjunto de novas regras injustas, fazendo dos estudantes reis de indisciplina, para não falar que com o novo estatuto, o regime de faltas também muda. Assim sendo nem doentes podem ficar visto que estas são limitadas;
- A EDUCAÇÃO SEXUAL - Está consagrada na constituição desde 1984, mas ainda não foi implementada. E cuja é muito necessária já que Portugal é dos países com maior número de mães adolescentes e jovens com DST;
- A PRIVATIZAÇÃO DE ESCOLAS E SERVIÇOS - O maior exemplo é a EPE (empresa parque escolar) que assim que intervem nas escolas fica responsável por certos serviços, obrigando os alunos a pagar mais caro serviços que devem ser garantidos pelo estado (cantinas, bares, papelarias);
- OS EXAMES NACIONAIS - Injustos porque avaliam o trabalho de 2/3 ano em 2/3 horas! E também é uma maneira muito fácil de dificultar o seguimento de estudos de muitos estudantes;
- A FALTA DE INVESTIMENTO NAS ESCOLAS - a falta de investimento para o melhoramento de condições materiais e humanos para um educação de plena qualidade;
- O NOVO REGIME JURÍDICO - Obriga a uma concentração de poderes acabando com a democracia na escola, e por outro lado há uma grande abertura ás empresas para o investimento no espaço escolar, cujo objectivo máximo é o lucro;

Contra estas medidas mais de 200 estudantes da Póvoa de Lanhoso, 2.000 em todo o distrito e 20.000!!!

De destacar que muitas escolas não saíram á rua porque os conselhos executivos os proibiram, intimidando os alunos!!!...

A LUTA CONTINUA POR UMA ESCOLA PÚBLICA, DEMOCRATICA, GRATUÍTA E DE QUALIDADE PARA TODOS

sábado, 1 de novembro de 2008

VIVEMOS A TRANSFORMAR A VIDA


VIVEMOS A TRANSFORMAR A VIDA!

E vivemos plena e intensamente,
sem abdicar do nosso projecto de construção de uma
sociedade nova.
Uma sociedade de homens e mulheres livres,
onde cada indivíduo tenha o direito de pensar,
de agir, de criar,
sem medo, repressão ou violência.
Uma sociedade democrática, solidária,
sem exploradores nem explorados,
sem opressores nem oprimidos.
Uma sociedade onde o respeito pela vida seja
imperativo,
quer seja o respeito pela vida humana,
quer pela natureza.
Uma sociedade de paz e cooperação entre os povos,
sem lugar para o racismo e a xenofobia,
onde haja lugar para o respeito pela diferença.
Uma sociedade de progresso social.
Uma sociedade Socialista.
Muitos chamam a este Sonho utopia,
nós chamamos Futuro.
Foi com este sonho,
com este projecto presente
que tantas e tantas gerações lutaram
contra a exploração e opressão
na conquista de direitos hoje consagrados,
que Comunistas
e tantos outros Democratas
lutaram revolucionariamente
contra a ditadura fascista
pela libertação do Povo Português.
Conscientes das inúmeras dificuldades e obstáculos que
se impõem à concretização do nosso projecto, mas
também conscientes dos inúmeros e gigantescos passos
que o Homem tem dado no sentido da sua libertação,
afirmamos:
VALE A PENA LUTAR.
Porque só com a luta será possível
travar aqueles que vivem à custa do nosso trabalho
dos outros e, simultaneamente,
combater a imensa e forte acção ideológica
desenvolvida pelo Capital com um único objectivo:
o de evitar todos os passos do Homem,
no sentido da sua libertação;


Porque só com a luta é possível
transformar a sociedade em que vivemos e construir a
que queremos,
afirmamos:


Lutamos pela garantia dos direitos dos trabalhadores,
porque o direito ao emprego estável e seguro
é condição fundamental para o desenvolvimento do país
e para o equilíbrio humano,
é condição fundamental para a construção da vida.
É necessário lutar contra o desemprego
e o emprego precário,
fenómenos deliberadamente fomentados
como forma de retirar aos trabalhadores e aos jovens,
direitos fundamentais,
inclusivé o direito de defender os seus direitos.
Lutamos pelo desenvolvimento e democratização do
sistema educativo
e pela elevação da qualidade de ensino.
Defendemos que o ensino
deve contribuir para a superação de desigualdades
económicas, sociais e culturais para a democratização do País.
Como tal, todos devem ter o direito à
igualdade de oportunidades de acesso,
frequência e sucesso educativo.
Defendemos que,
na realização da política de ensino,
incumbe ao Estado garantir a todos os cidadãos,
o acesso aos graus mais elevados de ensino,
de investigação científica e de criação artística,
bem como estabelecer a gratuitidade em todos os
graus de ensino e o respectivo enquadramento profissional.
Lutamos pelo direito à saúde, à habitação e
segurança social.
Defendemos um país de justiça social
com a concretização de direitos fundamentais
de todos os cidadãos,
uma obrigação que cabe exclusiva e
inquestionavelmente ao Estado garantir e cumprir.
Afirmamos tratar-se de uma questão política,
de opções estratégicas fundamentais
e alcançáveis para o progresso social
e não um plano de critérios economicistas,
contrário às necessidades das populações.
Exigimos uma vida digna para todos os portugueses,
em que cada cidadão seja tratado de forma igual,
independentemente do seu poder económico ou
da sua classe social,


Lutamos pela preservação do meio ambiente
e pela elevação da qualidade de vida.
Lutamos contra políticas cujo único objectivo é o
crescimento económico a qualquer preço,
sem respeito pela natureza.
Defendemos que só uma política de desenvolvimento
sustentado e a longo prazo,
que tenha o ambiente e a qualidade de vida
como preocupações essenciais,
pode visar o aproveitamento e conservação dos
recursos naturais e humanos,
no sentido da supressão das necessidades existentes
e do desenvolvimento equilibrado das sociedades.
Lutamos por uma sociedade sem Racismo e Xenofobia,
onde a multiculturalidade
e o respeito pelas diferenças e pela identidade do indivíduo,
seja um incentivo ao crescimento social e cultural do Homem.
Lutamos pelo intercâmbio, troca e partilha de
experiências, diálogos, tradições,
porque acreditamos que só assim
é possível criar uma sociedade nova,
uma sociedade onde a solidariedade,
a fraternidade e a amizade entre os homens
sejam factores determinantes para
um desenvolvimento pleno e harmonioso;
uma sociedade onde o racismo e a xenofobia não
possam ser utilizados como argumentos primários e
fáceis para desculpabilizar a falência do sistema
capitalista, para desculpabilizar os massacres,
a escravatura, o saque ao Terceiro Mundo.
Lutamos por um Portugal Livre, Soberano
e Independente,
numa Europa de Paz e Cooperação.
Lutamos contra a concepção
de uma Europa de Maastricht,
contra a concepção de uma Europa Federalista,
que permita que os estados mais ricos e poderosos
dominem e explorem
os Estados mais fracos e menos desenvolvidos.
Recusamos que os interesses dos grandes grupos
económicos multinacionais e transnacionais se
sobreponham aos verdadeiros interesses e
necessidades de desenvolvimento e progresso do nosso país.
Por isso defendemos e lutamos
por uma Europa de Estados Livres, Independentes e soberanos,
com direitos e vantagens recíprocas;
uma Europa onde os Estados estabeleçam relações de
paz, amizade e cooperação,
que impulsionem o desenvolvimento harmonioso
das sociedades.


Defendemos a solidariedade internacionalista
como instrumento de união
entre os povos do mundo.
É necessário dar a conhecer e apoiar a luta dos povos
pelo seu direito à independência e autodeterminação
Lutamos contra a imposição de regimes políticos,
sociais e culturais à força de bloqueios económicos e à
força de repressão militar.
Defendemos o respeito pelas
diferentes opções e rumos que os povos escolham seguir.
Cabe a cada um de nós desmistificar a
propaganda capitalista, ganhar apoios para os povos em luta,
rompendo o isolamento a que estes estão votados.
É necessário lutar contra o Imperialismo, fase
avançada do Capitalismo,
principal causador dos problemas
que afectam a humanidade.
São inumeráveis as lutas
que se travam por todo o mundo:
é a luta do movimento estudantil
pelo direito à educação,
é a luta dos trabalhadores
pela defesa dos seus direitos,
são as lutas dos numerosos e poderosos
movimentos de opinião contra o racismo e a xenofobia,
pela defesa dos direitos dos imigrantes, pela defesa do meio ambiente;
é o Movimento das Organizações Não Governamentais
ligadas às questões da paz,
do desenvolvimento e da cooperação;
são os movimentos de solidariedade
para com a luta do povo de Timor-Leste
para com a revolução cubana, para com a luta de
libertação nacional de diversos povos;
são as lutas pelos direitos das mulheres;
é a cooperação do movimento juvenil anti-imperialista.
É impossível descrever
a pluralidade destes movimentos,
resultantes de diferentes condições económicas, políticas, regionais, sociais e culturais
É necessário despertar a consciência
de mais jovens, de mais trabalhadores,
para que a luta anti-imperialista se desenvolva,
fortaleça e avance.
É necessário que todos identifiquem as verdadeiras
causas da desumanização, exploração e opressão do Homem.


É para esta luta,
uma luta difícil mas necessária e apaixonante,
que apelamos à tua participação,
numa. acção revolucionária denunciadora da
incapacidade de soluções do sistema capitalista
e que trave o combate por uma nova sociedade,
onde não haja lugar
para a exploração do homem pelo homem,
onde o Homem
consciente e livre
participe na construção do seu futuro,
na construção do Socialismo,
do Comunismo.