sexta-feira, 26 de outubro de 2007

PCP CONTRA DOMÍNIO ESTRANGEIRO DA BANCA

Se este negócio avançar o BCP, o maior banco privado nacional, ficará nas mãos de capital estrangeiro para prejuízo dos clientes portugueses. Numa situação destas, este banco ficaria em melhores condições e com maior capacidade para impôr condições mais gravosas na concessão de crédito, seja através da subida das taxas de juro, quer das comissões bancárias, o que iria criar ainda mais problemas aos muitos problemas que as famílias já têm neste momento. O Ministro das Finanças Teixeira dos Santos afirmava, ontem, estar a acompanhar este processo de perto, mas lembrava que estamos perante um negócio entre duas empresas privadas. O PCP não aceita este argumento, e muito bem, por entender que uma fusão entre o BPI e o BCP vai influenciar os interesses do país, e é uma questão não de duas empresas privadas, como o Ministro das Finanças dizia ontem na Assembleia da República, mas um problema que afectará toda a vida económica de um país.
Existem várias soluções para o que eu considero ser um problema, mas por exemplo porque não o Estado adquirir posições no capital social dos bancos ou voltar a nacionalizar bancos? Naturalmente que o governo PS "foge como o diabo da cruz desta situação", porque foi o grande impulsionador e responsável pela entrega ao desbarato das empresas públicas aos capitalistas deste país e hoje vê-se os lucros fabulosos que obtêm quer na área bancária, quer na electricidade e comunicação,etc.,etc. Os capitalistas ficaram mais ricos e o estado e a grande maioria do povo mais pobre. O PS não tem memória, porque aldraba sempre e tem feito o "jogo" claramente do grande capital e dos seus grupos de interesse.
Sobre este negócio não muito claro, O PS e o CDS-PP recusaram-se a tecer comentários. O PSD também não se pronunciou quanto ao desfecho da possível fusão entre BPI e BCP, mas apelou a que os centros de decisão estratégicos do sector financeiro se mantenham em Portugal, o que é muito pouco, porque foram todos eles os grandes responsáveis pela entrega aos estrangeiros e não só das grandes empresas estratégicas nacionais, como a PT,EDP,REN,CTT,GALP,etc.,etc., finalizando com este comentário, tenham vergonha e deixem de "vigarizar" o povo português. Boa noite, bom fim de semana e votem bem para não mais serem enganados!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

MAIS UMA INJUSTIÇA PARA A PÓVOA DE LANHOSO

MAIS UMA INJUSTIÇA PARA A PÓVOA DE LANHOSO! É verdade que o Governo PS não tem "vergonha na cara",ao discriminar e marginalizar os Concelhos da Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho na atribuição de verbas do PIDDAC,isto num Distrito que tem 18 Concelhos,para investimentos essenciais para o nosso desenvolvimento como a Circular Urbana à Vila,o complexo desportivo,a central de camionagem e tantos outros investimentos que podia enumerar mas que seria fastidioso abordá-los completamente.Eu não "morro de amores",muito longe disso,pela Câmara Municipal do PSD,mas tenho de salientar de uma forma honesta que este corte também tem a ver com a conivência do PS local,interessado como está em "esmagar"a Autarquia.A não atribuição de verbas do PIDDAC, vai de encontro aos seus interesses partidários e estratégicos e tem por objectivo principal prejudicar a Autarquia,mas também os municípes,reduzindo drásticamente os seus investimentos de médio e longo prazo e,com isso,a qualidade de vida e bem estar dos povoenses.Esta situação para os arautos da crítica fácil,devia-os "corar de vergonha" e ter mais respeito por nós,ou ainda não esqueceram a derrota que tiveram pelo voto dos "urbanos" e é mais uma vingança?!Esta atitude de "lesa concelho"retira ao PS local,que devia intervir,qualquer legitimidade para ser oposição responsável e séria à maioria PSD e a CDU faz imensa falta para colocar com frontalidade e isenção estas questões tão importantes quer no Executivo,quer na Assembleia Municipal.Já agora não deixaria de colocar nesta oportunidade que tenho, a questão da revisão do PDM,é preciso que as decisões sejam iguais para todos e não sómente para alguns,ou seja,todos têm de ser tratados da mesma forma com isenção e os interesses superiores do Concelho têm de ser defendidos duma forma responsável,séria e honesta,sem cedências a "lóbis ou interesses de grupo",como aconteceu anteriormente.O povo tem de estar atento a esta questão tão essencial e fundamental para o futuro do nosso Concelho,porque há muita "massinha"em jogo.O PCP deve estar atento,também,ás "manobras" de "bastidores",porque é aqui que na maior parte das vezes se decidem os grandes negócios.Desabafei e abordei com muito prazer estas coisas cá da nossa-terra

domingo, 21 de outubro de 2007

BASTA DE INJUSTIÇAS

BASTA DE INJUSTIÇAS,MUDAR DE POLÍTICA,PARA UMA VIDA MELHOR!É necessário uma mudança de rumo,com políticas justas,para uma vida melhor,são estas as grandes reivindicações dos 200 mil trabalhadores na manifestação nacional,em Lisboa,que mais uma vez afirmaram em uníssono um claro protesto contra a degradação da situação económica e social e exigiram o fim da poderosa ofensiva do Governo e do grande capital contra os seus direitos.Mas foi também com grande convicção e esperança que com a luta se alcance uma mudança urgente de rumo,com outras políticas que se identifiquem com a grande maioria do povo português. APROVAÇÃO DO TRATADO PARA A UE Este acordo em torno do chamado"tratado reformador"significará para Portugal«novas e graves perdas de soberania e de posições nas instituições da União Europeia de que são exemplos visíveis o fim das presidências rotativas do Conselho,a perda de um comissário permanente,a redução do número de deputados no Parlamento Europeu»,pelo que se exige a realização de um amplo debate nacional e de uma consulta popular que dê ao povo português a possibilidade de se pronunciar sobre o tratado através de um referendo vinculativo.Não é demais lembrar que o PS continha no seu programa eleitoral de 2005 esta consulta popular,pelo que vamos esperar para ver(...)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

AVANTE! (a festa vista de fora)

Miguel Esteves Cardoso na Festa do Avante (publicado na Revista Sábado de 13-09-2007)

“Dizem-se muitas mentiras acerca da Festa do Avante!. Estas são as mais populares: que é irrelevante; que é um anacronismo; que é decadente; que é um grande negócio disfarçado de festa; que já perdeu o conteúdo político; que hoje é só comes e bebes.Já é a Segunda vez que lá vou e posso garantir que não é nada dessas coisas e que não só é escusado como perigoso fingir que é. Porque a verdade verdadinha é que a Festa do Avante faz um bocadinho de medo.O que se segue não é tanto uma crónica sobre essa festa como a reportagem de um preconceito acerca dela - um preconceito gigantesco que envolve a grande maioria dos portugueses. Ou pelo menos a mim.Porque é que a Festa do Avante faz medo?É muita gente; muita alegria; muita convicção; muito propósito comum. Pode não ser de bom tom dizê-lo, mas o choque inicial é sempre o mesmo: chiça!, Afinal os comunistas são mais que as mães. E bem dispostos. Porquê tão bem dispostos? O que é que eles sabem que eu ainda não sei? ...""É espantoso ver o que se alcança com um bocadinho de colaboração. Não só no sentido verdadeiro, de trabalhar com os outros, como no nobre, que é trabalhar de graça... Porque não basta trabalhar: também é preciso querer mudar o mundo. E querer só por si, não chega. É preciso ter a certeza que se vai mudá-lo... Porque os comunistas não se limitam a acreditar que a história lhes dará razão: acreditam que são a razão da própria história... E talvez sejam. Basta completar a frase "Se não fossem os comunistas, hoje não haveria..." e compreende-se que, para eles, são muitas as conquistas meramente "burguesas " que lhe devemos, como o direito à greve e à liberdade de expressão. ...""... Mas não é só por isso que a Festa do Avante faz medo. Também porque é convincente. Os comunas não só sabem divertir-se como são mestres, como nunca vi, do à-vontade. Todos fazem o que lhes apetece, sem complexos nem receios de qualquer espécie. Até o show off é minimo e saudável.Toda a gente se trata da mesma maneira, sem falsas distâncias nem proximidades. Ninguém procura controlar, convencer ou impressionar ninguém. As palavras são ditas conforme saem e as discussões são espontâneas e animadas. É bom (mas raro) uma pessoa sentir-se à vontade em público. Na Festa do Avante é automático.Dava-nos jeito que se vestissem todos da mesma maneira e dissessem e fizessem as mesmas coisas - paciência. Dava-nos jeito que estivessem eufóricos; tragicamente iluminados pela inevitabilidade do comunismo - mas não estão. Estão é fartos do capitalismo - e um bocadinho zangados. ...""...Sabe bem passear no meio de tanta rebeldia. Sabe bem ficar confuso. Todos os portugueses haviam de ir de cinco em cinco anos a uma Festa do Avante, só para enxotar estereótipos e baralhar ideias. ...""...A Festa do Avante é sempre maior do que se pensa. Está muito bem arrumada ao ponto de permitir deambulações e descobertas alegres. Ao admirar a grandiosidade das avenidas e dos quarteirões de restaurantes, representando o país inteiro e os PALOP, é dificil não pensar numa versão democrática da Exposição do Mundo Português, expurgada de pompa e de artifício. E de salazarismo, claro.Assim se chega a outro preconceito conveniente. Dava-nos jeito que a festa do PCP fosse partidária, sectária e ideológicamente estrangeirada. Na verdade, não podia ser mais portuguesa e saudavelmente nacionalista. ...""... As brigadas de limpeza por sua vez, estão sempre a passar, recolhendo e substituindo os sacos do lixo. Para uma festa daquele tamanho, com tanta gente a divertir-se, a sujidade é quase nenhuma. Raios os partam."A coisa está tão bem organizada que não se vê. Passa-se o mesmo com os seguranças - atentos mas invisiveis e deslizantes, sem interromper nem intimidar uma mosca. ..."...Quando se fala na capacidade de “mobilização” do PCP pretende-se criar a impressão de que os militantes são autómatos que acorrem a cada toque de sineta. Como falsa noção, é até das mais tranquilizadoras. Para os partidos menos mobilizadores, diante do fiasco das suas festas, consola pensar que os comunistas foram submetidos a uma lavagem ao cérebro.Nem vale a pena indagar acerca da marca do shampô.Enquanto os outros partidos puxam dos bolsos para oferecer concertos de borla, a que assistem apenas familiares e transeuntes, a Festa do avante enche-se de entusiásticos pagadores de bilhetes.E porquê? Porque é a festa de todos eles. Eles não só querem lá estar como gostam de lá estar. Não há a distinção entre “nós” dirigentes e “eles” militantes, que impera nos outros partidos. Há um tu-cá-tu-lá quase de festa de finalistas. ..." "...É uma sólida tradição dizer que temos de aprender com os comunistas... Infelizmente é impossível.A verdade é que se sente a consciência de que as coisas, por muito más que estejam, poderiam estar piores. Se não fossem os comunistas: eles.Há um contentamento que é próprio dos resistentes. Dos que existem apesar de a maioria os considerar ultrapassados, anacrónicos, extintos. Há um prazer na teimosia; em ser como se é. Para mais, a embirração dos comunistas, comparada com as dos outros partidos, é clássica e imbatível: a pobreza. ...""...Resistir é já vencer. A Festa do Avante é uma vitória anualmente renovada e ampliada dessa resistência. ... Verdade se diga, já não é sem dificuldade que resisto. Quando se despe um preconceito, o que é que se veste em vez dele?"