sábado, 29 de março de 2008

AINDA A QUESTÃO DAS URGÊNCIAS


De Norte a Sul do país e não apenas nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, a luta contra os constrangimentos que têm vindo a ser criados aos portugueses no acesso aos serviços públicos de saúde atingiu níveis de organização e participação nunca antes verificados.Anadia, Seixal, Vale de Cambra, Espinho, Vendas Novas, Odivelas, Mirandela, Alijó, Vila Real de S. António são,entre muitas outras, cidades, vilas e aldeias de que os portugueses se habituaram a ouvir falar mais assiduamente na comunicação social, em grande medida devido aos problemas com que as populações são confrontadas no plano da saúde – alguns resultaram em tragédia –, mas também devido à luta das populações contra o encerramento de serviços públicos de saúde e do acesso aos cuidados de saúde.

Chega agora a vêz da Póvoa de Lanhoso ser notícia com o anunciado encerramento das suas urgências nocturna e de fins de semana ,feriados e tolerâncias
.
Sobejamente conhecido da população povoense,a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso tem um protocolo assinado com a ARS Norte, que até á data assegura o período de urgências nocturno e de fins de semana(feriados e tolerâncias),estando este ultímo com os dias contados.

Como tem sido noticiado,a SCMPL ,afim de encontrar uma solução para este tão delicado assunto,reuniu por diversas vêzes com representantes dos partidos políticos,onde naturalmente está incluido o PCP que desde o início destas reuniões vincou bem a sua posição de que: compete ao Estado assegurar um bem tão essencial como é a saúde e nunca compactuará com medidas que levem a Câmara Municipal na falha de obrigação do mesmo, a subsidiar(como foi proposto pelo PSD perante o silêncio do PS)o serviço de urgências.

No comunicado emitido e enviado á comunicação social pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso,através do presidente social-democrata,Manuel Batista, após reunião com o provedor da SCMPL ,e que de acordo com o mesmo comunicado “a câmara está disponível para participar "numa solução global", conjuntamente com a Santa Casa e a ARSN, "para resolver o problema das populações"

Parece-nos que esta “solução global” equacionada ,não será mais do que uma proposta de um acordo tripartido (Santa Casa, Estado e Autarquia) que não faz sentido na opinião do PCP. Os Orçamentos de Estado são feitos anualmente e devem incluir gastos com a saúde, tendencialmente gratuita e universal através da captação de receitas. Por seu lado e no actual modo de funcionamento, não são incluídas verbas para a saúde nos orçamentos camarários, razão pela qual não encontramos justificações válidas para que a Autarquia se envolva em mais esta despesa. Parece ser esta a solução menos prejudicial para as populações da Póvoa, comparativamente com a solução do utilizador - pagador, mas na opinião do PCP é a solução “fácil” e desresponsabilizadora do Governo. Este assumiu funções e deve assumir responsabilidades.

Assim, e como já foi tornado público em 16 de Maio de 2007, o PCP defende a manutenção incondicional das Urgências na Póvoa de Lanhoso, e reforça hoje, a ideia de que colaborará activamente na luta pela manutenção e melhoria das condições dos actuais protocolos com o Estado (Ministério da Saúde). O que faltou dizer é que esta deva ser a única forma de manter o dito serviço em funcionamento.

Crê o PCP, que os Povoenses têm uma palavra a dizer no decorrer deste processo,chegou a hora de nos organizarmos e paticiparmos activamente na luta pela defesa e manutenção deste serviço, criando para o efeito uma comissão de utentes, porque os nossos direitos estão a ser postos em causa!

Só com a Luta alcançamos objectivos!

domingo, 23 de março de 2008

28 Março-Dia Nacional da Juventude-dia de Luta


Talvez muitos jovens se perguntem qual a razão da existência do dia nacional da juventude. Muitos jovens até perguntam porque na verdade, muitos nunca ouviram falar do significado histórico que este dia tem para os jovens portugueses.Foi a 28 de Março de 1947, que milhares de jovens portugueses se juntarem em S. Pedro de Moel num acampamento organizado pelo MUD Juvenil. Este Jovens só exigiam um país livre e democrático, mas como resposta tiveram a repressão de um estado fascista.A partir desta data, este dia ficou como marco importante na história da juventude em Portugal, e por isso é que nas comemorações do dia 28 de Março de 2008, se voltarão a juntar em Lisboa milhares e mais milhares de jovens, lutando por uma sociedade mais justa, contra a precariedade no emprego, contra os baixos salários, contra as políticas nefastas de um governo PS, que pratica políticas de direita.Se és jovem, e queres uma vida e um futuro melhor, junta-te a esta manifestação nacional, organizada pela Interjovem da CGTP.A luta é o caminho

quarta-feira, 19 de março de 2008

NÃO PERCEBEM OU FAZEM DE CONTA...


Esta semana comemorando a passagem de três anos de tomada de posse, o governo PS veio apresentar o balanço da sua actividade, retomando o quadro idílico já apresentado por José Sócrates com novos exercícios de pura hipocrisia. Mais uma vez querem que os portugueses tomem a sua propaganda por realidade. Querem transformar anos de violenta ofensiva contra os direitos e as condições de vida dos trabalhadores e do povo, em anos de sucesso da sua governação, manipulando e deturpando a realidade do país e as reais consequências da sua política na vida dos portugueses. Comemoram e festejam três anos de governo, enquanto o país protesta e mostra a sua indignação e descontento em relação às suas principais políticas. Não perceberam ou fazem de conta que não percebem que a vida não está para festejos e muito menos para dar vivas a um governo que piorou a vida dos portugueses.Não perceberam ou fazem que não percebem que os três anos de governo do PS foram anos de aumento do custo de vida. Anos de aumento desmesurado dos preços dos bens e serviços essenciais e de ataque aos rendimentos do trabalho com a redução e o congelamento dos salários reais. Que Portugal continua a ser dos países da Europa com maior desigualdade na distribuição do rendimento e um dos países mais desiguais da Europa e onde é cada vez mais difícil viver quando apenas se tem um salário, uma pequena reforma ou um pequeno rendimento, agravado agora com o aumento dos juros e dos custos da habitação. Não perceberam ou fazem que não percebem que não só nada fizeram para romper com as reformas de miséria, como com a sua contra-reforma da segurança social as vão eternizar e reduzir ainda mais, enquanto libertaram o capital de qualquer compromisso.Não percebem ou fazem que não percebem que, com a sua política de restrição orçamental a ferro e fogo, a sua política de abandono do aparelho produtivo nacional, da sua política económica que abdicou das tarefas da promoção do desenvolvimento e do crescimento económico, sacrificados à diminuição do défice das contas públicas, não só agravaram o desemprego, como acentuaram o atraso do país. Falam na criação de milhares de postos de trabalho, mas não há manipulação estatística que possa tornear esta evidência - com este governo do PS o desemprego atingiu um novo recorde tornando a vida um inferno para muitos milhares de trabalhadores. Não perceberam ou fazem que não percebem que o “grande feito” que proclamam de diminuição das contas públicas foi concretizado à custa exclusivamente de uma maior exploração do trabalho, de mais injustiça social e do fomento de mais desigualdades. Foi à custa do exclusivo esforço dos salários dos trabalhadores, dos impostos maioritariamente pagos por quem trabalha, do IVA que pagam sempre e em última instância os mesmos do costume, do corte nos serviços públicos e do investimento que devia contribuir para relançar a economia e fazer sair o país do marasmo.Não perceberam que a sua desastrosa política está a conduzir a mais dívida pública, mais défice comercial, maior endividamento externo, maior endividamento das empresas e das famílias.Não perceberam ou fazem que não percebem que com a sua política de saúde de encerramento de serviços, de aumento das taxas moderadoras e dos custos dos medicamentos, de degradação do Serviço Nacional de Saúde, só há razões para protestar, como o têm feito milhares e milhares de portugueses por todo o país. Não perceberam ou fazem que não percebem que com a sua política de educação contra a Escola Pública de qualidade e inclusiva, contra a profissão docente e os direitos dos professores e contra os princípios da autonomia e da gestão democrática não é para comemorar, mas para recusar, como o fizeram os professores nessa impressionante Marcha da Indignação que daqui saudamos. Não perceberam que a situação que enfrentam os trabalhadores da administração pública, que esta semana estiveram justamente em luta e que daqui saudamos igualmente não têm razões para comemorar e festejar três anos de um governo que desencadeou a mais brutal ofensiva que há memória contra os seus direitos, os seus salários, as carreiras e o emprego.

domingo, 16 de março de 2008

ANTICOMUNISMO É SINAL DE FRAQUEZA



Não é que esse recurso ideológico alguma vez tenha sido abandonado, aliás, faz parte do cardápio que diariamente é servido num simples telejornal ou no mais insuspeito programa de entretenimento. As palavras tantas vezes fingidas de sã convivência democrática, sobretudo quando se pratica uma política que nada tem a ver com a democracia, são rapidamente substituídas por violentas e insultuosas declarações como, aliás, aconteceu na véspera da grande jornada de luta dos professores pela voz de um dos principais responsáveis do Governo e do PS. Esse mesmo que, dois meses antes, na Assembleia da República, a propósito da discussão do Estatuto dos Jornalistas se tinha insurgido contra o facto de uma jornalista do Avante!, eleita pelos seus pares, ser dirigente do sindicato da classe.No ataque ao Partido, aos trabalhadores e à sua luta, o Governo PS está longe de estar sozinho. O anticomunismo baseia-se na mentira e deturpação da verdade (como demonstram as insinuações feitas de que o PCP promove acções intimidatórias junto das iniciativas ou sedes de outros partidos), mas também se expressa no silenciamento do PCP, na deturpação do seu ideal, dos seus valores e propostas, no branqueamento e falsificação da história (agora com novas fases de promoção do fascismo e dos seus dirigentes), na perseguição e discriminação dos seus membros, na caricatura do seu funcionamento interno, no questionamento sobre a sua participação no regime democrático. Mas o anticomunismo não é um sinal de força, mas sim de fraqueza, daqueles que na ausência de respostas aos problemas do povo, na incapacidade de sustentarem as suas políticas, procuram difundir o preconceito e afastar camadas e sectores atingidos por esta política da sua aproximação ao Partido e do seu ingresso na luta por melhores condições de vida e pela transformação da sociedade.Sem subestimar os seus efeitos junto de sectores mais sensíveis a manipulações e vacilações, os tempos que vivemos comportam amplas possibilidades para a afirmação e reforço do Partido. Para muitos, está hoje mais claro que o PCP é a verdadeira oposição a este Governo nas palavras e na acção, que não há alternativa sem o PCP. O melhor combate que se pode dar a estes novos desenvolvimentos da linha anticomunista é o Partido continuar a cumprir o seu papel profundamente enraizado e ligado aos trabalhadores e ao povo, com a perspectiva de que derrotar esta política é difícil mas não é impossível.

terça-feira, 11 de março de 2008

DECRETADA A RECESSÃO ECONÓMICA



Foi oficialmente decretada a recessão económica nos EUA, o Departamento de Trabalho norte-americano anunciou o desaparecimento de 63 mil empregos no mês de Fevereiro, valor superior ao do mês de Janeiro que foi de 22 mil. As dúvidas desvaneceram-se, economistas, investidores e políticos são unânimes, a recessão está aí, foram ultrapassadas todas as expectativas; contudo, ninguém sabe a forma de sair da recessão, por quanto tempo ficará e qual vai ser a sua profundidade. A crise começou pelo crédito à habitação, a economia está agora a abrandar, o consumo diminuiu e a perda de rendimentos das famílias (mesmo enfiando no saco quase toda a gente) é um facto incontestado. Quando, do outro lado do mar, a economia espirra, do lado de cá, a pneumonia instala-se, fica-se sem se saber se haverá antibiótico que valha à estirpe cada vez mais resistente. Este é um alerta que todos os trabalhadores portugueses devem estar atentos, daí trabalhadores da administração do Estado devam estar em sintonia com os trabalhadores do sector privado, todos irão sofrer e todos terão de enfrentar a crise: a luta é comum.

sexta-feira, 7 de março de 2008

A INDIGNAÇÃO VAI INUNDAR LISBOA


Todos os professores que repudiam as reformas do Governo PS, para a Educação, estão convocados para a «Marcha da Indignação», sábado, em Lisboa, do Marquês de Pombal ao Rossio.A Plataforma Sindical dos Professores prevê que a marcha, a partir das 14.30 horas, pela Avenida da Liberdade, venha a ser «a maior manifestação da classe docente jamais vista em Portugal», afirmou Mário Nogueira. Em conferência de imprensa, dia 28, o secretário-geral da Fenprof e porta-voz da Plataforma afirmou que «os professores vão inundar Lisboa». Só na última semana, referiu, mais de 30 mil docentes participaram em acções de protesto, por todo o País.A acção de sábado será a resposta adequada ao «maior ataque jamais feito à escola democrática desde 25 de Abril de 1974», como tem afirmado a Fenprof. No cartaz de convocatória para a «Marcha da Indignação» pode ler-se que «Assim não se pode ser professor» e que «a escola pública não aguenta mais esta política».A estimativa de uma dimensão sem precedentes, prevista para a marcha, fundamenta-se no número de autocarros já lotados para a deslocação a Lisboa. A Plataforma Sindical dos Professores, que reúne dezena e meia de estruturas, entre as quais os sindicatos da Fenprof, afirma que a reforma do Ensino, que o Ministério da Educação tenta implementar, contra a vontade da generalidade da comunidade educativa, resultaria na destruição da carreira única para todos os docentes e na criação de discriminações várias dentro da classe, nomeadamente entre os novos e os mais velhos, tanto através dos novos critérios de avaliação de desempenho, como da criação da figura do professor titular e do novo modelo de gestão escolar. A acção de sábado será um momento alto na luta contra a degradação do ensino, em defesa da escola pública de excelência e qualidade, e contra a progressiva destruição, privatização e encarecimento do sistema educativo - que também resultam do encerramento de mais de duas mil escolas do Ensino Básico, por todo o País, e das degradantes condições enfrentadas quotidianamente por docentes e alunos. A marcha será igualmente um marco na contestação ao prolongamento dos horários e para exigir o pagamento de todas as horas suplementares.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O NOSSO PARTIDO


Único partido que se mantém fiel ao compromisso com os trabalhadores, a juventude, os reformados, os pequenos e médios empresários e agricultores!
Único partido que não aceita ser metido no mesmo saco de outros comprometidos com o grande capital, que não se fica pela reflexão e declaração que sossegam consciências mas que não resolvem nada.
Único Partido que propõe ao povo e ao país uma ruptura com esta política de desastre encetando um novo rumo que assuma a democracia, a liberdade, a justiça social, o desenvolvimento, a soberania nacional como pilares fundamentais.
Partido de causas justas mas Partido de projecto por uma democracia avançada e de luta pelo socialismo.