quinta-feira, 19 de junho de 2008

Porreirissimo Pá!!

Os Comunistas da Póvoa de Lanhoso, congratulam-se com o chumbo irlandês, ao Tratado de Lisboa(deixem-me aproveitar para usar todos os acentos a que ainda temos direito). Este chumbo, serve simultaneamente de nota negativa, a toda a direita e à perigosa esquerda disfarçada, em Portugal e na Europa. Como a generalidade dos que defendem, a manutenção das soberanias nacionais e não as trocam por um conjunto de leis ao serviço do dinheiro e poder dos ricos e poderosos deste continente, somos obrigados a dizer, sem o recurso ao sussurro e bem alto: "PORREIRISSIMO PÁ!"
No único país (mais uma vez a história do acento...!), em que o tratado tinha obrigatoriamente que ser referendado, o povo esteve atento e contra todas as sondagens não deixou avançar a máquina do imperialismo supra-nacional. Dizem alguns que "foi dado muito tempo para o esclarecemento dos povos". Como se numa democracia, o tempo dispendido no esclarecimento também tenha o seu valor. Nós por cá nem ao previlégio desse periodo de reflexão tivemos. Contra a sua promessa eleitoral e com o medo de um resultado semelhante ao da Irlanda, o Primeiro Ministro, o seu governo e os "meninos do côro" do Parlamento, aprovaram num sussuro "porreiro pá", o dito tratado.
Agora é que vão ser elas... reparemos como o lobo já não se interessa em, ou nem consegue disfarçar tão bem, com a pele do cordeiro...
Veja-se:
O Sr. Presidente Silva, até esqueceu o seu papel de neutralidade, a que tanto recorre, e veio dizendo que teriam de ser tomadas medidas pelo governo Irlandês, porque e cito: "...este resultado não serve".
O Sr. P. Ministro, e pai do Tratado doente, propõe novo referendo, à semelhança do que aconteceu na Dinamarca por 3 vezes, até que o ganhe o SIM.
O Sr. Durão, vem dizendo que há a possibilidade de excluir a Irlanda dos países "porreiros" da Europa...
Dizem-se estes senhores democratas?! Que é feito do valor da vontade dos povos? Seremos quase todos assim tão estúpidos, para não saber distinguir o que à partida é bom ou mau para nós próprios?
Pessoalmente pergunto-me: "Até quando?... Até quando é que gozarão com os povos?"

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