sábado, 26 de julho de 2008

E CONTUDO ELE MOVE-SE...


A Festa da Alegria, organizada pela Direcção da Organização Regional de Braga do PCP, constituiu a mais importante realização político-partidária do último fim-de-semana. Incontestavelmente.
A Festa foi, também, uma notável realização dos comunistas do distrito de Braga, na sequência de várias outras realizadas nos últimos trinta anos, e uma das maiores, senão a maior, de sempre – confirmando os significativos avanços no reforço da influência do Partido verificados desde o XVII Congresso.
Pelo Parque das Exposições de Braga desfilou durante dois dias uma multidão de homens, mulheres, jovens e crianças num ambiente de Festa e de Alegria, à maneira solidária e fraterna que caracteriza todas as iniciativas dos comunistas. Nos stands das diversas organizações regionais do PCP e dos concelhos do distrito de Braga, o convívio nascia, naturalmente, à volta do petisco tradicional ou da compra de uma peça de artesanato, de um livro, de um disco… Numa tenda montada para o efeito, os visitantes da Festa assistiam a espectáculos de teatro ou a debates sobre o estado da comunicação social no nosso País, a figura de Lino Lima e a resistência ao fascismo…
Nos palcos, grupos musicais - uns conhecidos, outros a começarem a sê-lo – eram ouvidos e acompanhados por um público entusiástico e em Festa.
No domingo, ao fim da tarde, milhares de visitantes ouviram atentos o discurso do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa –e pontuando o seu acordo com o que ouviam com fortes aplausos.
Enfim, foi uma grande e bela Festa, construída com o trabalho voluntário de centenas de camaradas e amigos, na base de uma militância consciente e dedicada, revolucionária, como só no PCP existe – e como só no PCP pode existir, sabendo-se que tal militância tem as suas raizes no mais humano, no mais progressista, no mais belo de todos os ideais: o ideal de justiça social, de liberdade, de paz, de fraternidade, de solidariedade: o ideal comunista.

O que acima se diz sobre o que foi a Festa da Alegria fica muito aquém do que ela foi, de facto – podendo cada um ficar com uma ideia mais aproximada da realidade lendo a reportagem que nesta edição do Avante! publicamos.
Repita-se, entretanto, que se tratou da mais importante realização politico-partidária do último fim-de-semana, pois é quanto basta para justificar as perguntas que se seguem: por que é que a generalidade da comunicação social dominante ignorou, silenciando, a Festa da Alegria? Que critérios informativos estão na origem da decisão de jornais como o Público, o Correio da Manhã e o Jornal de Notícias não terem dedicado uma linha a esta realização e o Diário de Notícias lhe ter dedicado uma linha? E as televisões?: que fizeram às imagens captadas pelos profissionais que ali se deslocaram para o efeito e das quais, depois – numa espécie de serviço combinado algures - nem uma passaram nos seus serviços noticiosos de domingo? Por que razão ignoraram a intervenção proferida por Jerónimo de Sousa no comício de encerramento da Festa? Não lhes interessa – e decidiram que aos telespectadores não interessa – saber o que pensa o PCP sobre a situação em que se encontra o País? Não querem que se saiba quais as propostas dos comunistas visando a urgente resposta aos graves problemas que flagelam a imensa maioria dos portugueses? Não lhes agrada noticiar o incontestável êxito que foi esta Festa da Alegria confirmando o reforço do PCP no Norte do País?
São muitas as interrogações suscitadas por esta atitude dos média dominantes. Já se sabe que as actividades e as posições do PCP são, regra geral, silenciadas e, muitas vezes, pior do que isso: deturpadas. Neste caso, no entanto – ressalvando a comunicação social local e regional que, com dignidade profissional, tratou a Festa como o importante acontecimento que foi - estamos perante o silenciamento total e geral de uma iniciativa com dimensão nacional. E tal atitude, sabe-se lá se concertada, indicia iniludivelmente um acentuar da ofensiva que, no plano partidário, tem o PCP como alvo prioritário – e, pode dizer-se, exclusivo.

Mandando ostensivamente às urtigas o tão apregoado pluralismo e as tão amplamente difundidas isenção e imparcialidade informativas com que usam mascarar-se, os média dominantes deram um grave passo em frente na sua cega e sectária prática anticomunista.
Nem por isso conseguirão, no entanto, alcançar os objectivos essenciais que presidem a tal prática: sabem-no eles e sabemo-lo nós, todos ensinados pela experiência.
A história do PCP – no passado como no presente – não deixa margem para dúvidas: condenado regularmente ao definhamento inexorável; anunciado múltiplas vezes morto e outras tantas enterrado; aconselhado a deixar de ser o que é e a transformar-se no que os conselheiros querem que seja – e rejeitando inequivocamente tais conselhos e afirmando-se sempre com a sua identidade e as suas características; sistematicamente condenado a não existir, mostra a realidade de forma inequívoca que, contudo, ele move-se... – isto é, e como sublinhou Jerónimo de Sousa no discurso da Festa da Alegria: cresce no número de militantes e na militância; intensifica a sua actividade ali onde ela é indispensável para a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País – e, por isso, aumenta a sua influência junto dos trabalhadores e das populações; afirma-se, através da luta, como a verdadeira oposição ao Governo e à sua política de direita; reforça-se -consciente de que esse reforço se torna cada vez mais necessário.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem dúvida uma grande festa!
Desde concertos (blasted mechanism e kumpania algazarra)fabulosos passando pela gastronomia, mas nunca esquecendo a alegria na luta, que mais uma vez os comunistas fizerem sentir a todos aquele que visitaram esta Festa da Alegria.
O sucesso desta só nos mostra que o PCP, como partido sempre presente ao lado dos trabalhadores, está cada vez mais forte.

E porque a luta continua...
Até à Festa do Avante camaradas

NOTA BEM: a atitude da comunicação social não é novidade. Se cada um tem uma prespectiva da festa quando sai de lá, eles já entram na festa com as ideias criadas, talvez no dia em que consigam sentir a festa sem preconceitos as notícias possam ser verdade, e isso não é ter uma opinião pessoal, é ser realista!