terça-feira, 7 de outubro de 2008

E assim acontece...

Crise capitalista, a sombra de Marx
por Rick Wolff

O capitalismo aconteceu. Quando e onde aconteceu, o capitalismo lançou a sua própria sombra especial: uma auto-crítica dos seus viéses básicos a afirmar que a sociedade moderna pode fazer melhor através do estabelecimento de sistemas económicos muitos diferentes, pós capitalistas. Esta sombra crítica levanta-se para aterrorizar o capitalismo quando – em períodos de crise tais como estes – fenómenos maus acontecem subitamente. Karl Marx, poeticamente, chamou-a o espectro que assombra o capitalismo.

A assim chamada crise financeira de hoje é um sintoma. A doença subjacente é o capitalismo: um sistema económico que tece conflitos implacáveis e destrutivos na produção e distribuição de bens e serviços. Empregadores e empregadores precisam cooperar para fazer a economia funcionar, mas eles são adversários eternos cujos conflitos explodem periodicamente em crises. Assim acontece hoje. O capitalismo também tolhe os empregadores naquelas lutas sem fim uns contra os outros a que chamamos competição. Isto periodicamente também resulta em conflitos e crises. E assim acontece hoje.

O conflito empregador-empregado contribuiu para o colapso capitalista global de hoje. Na década de 1970, os empregadores descobriram um meio de travar a lenta ascensão a longo prazo dos salários reais dos seus empregados. Através da deslocalização de empregos além mar para aproveitarem-se dos salários mais baratos, da atracção das mulheres americanas para a força de trabalho, da substituição de trabalhadores por computadores e outras máquinas, e da entrada de imigrantes de baixos salários, os empregadores rebaixaram os salários dos seus empregados mesmo quando eles produziam cada vez mais mercadorias para venda. Os resultados eram previsíveis. Por um lado, os lucros da companhia subiam (afinal de contas, os trabalhadores produziam cada vez mais sem receberem mais por isso). Por outro lado, após uns poucos anos, os salários estagnados dos trabalhadores demonstraram-se insuficientes para permitir-lhes comprar a crescente produção do seu trabalho. Dada a forma como o capitalismo funciona, empregadores incapazes de vender tudo o que produzem despedem os seus próprios empregados. E naturalmente isso só agrava o problema.

Então, na década de 1970, assomou uma outra crise capitalista quando uma recessão atingiu-o duramente. Mas aquela crise foi curta porque o capitalismo dos EUA descobriu um meio de adiá-la: endividamento maciço. Uma vez que os empregadores tinham êxito em impedir os salários de ascenderem, o único meio de vender a produção sempre em expansão era emprestar aos trabalhadores o dinheiro para comprar mais. Corporações investiram seus lucros em crescimento na compra de novos títulos apoiados por hipotecas, empréstimos para automóveis e cartões de crédito dos trabalhadores. Os possuidores de tais títulos estavam portanto aptos a receber porções dos pagamentos mensais que os trabalhadores faziam sobre aqueles empréstimos. Com efeito, os lucros extras feitos com a manutenção dos salários dos trabalhadores em baixo nível agora duplicavam direitos para os empregadores, que ganhavam substanciais pagamentos sob a forma de juros ao emprestarem parte daqueles lucros de volta aos trabalhadores. Que sistema!

O adiamento da solução para a crise da década de 1970 apenas preparou o caminho para uma ainda maior. Os florescentes empréstimos ao consumidor nas décadas de 1980 e 1990, e desde 2000, especialmente no desregulamentado mundo financeiro de Reagan e Bush, provocaram excessos selvagens motivados pelo lucro e também corrupção (a "bolha" do mercado de acções e a seguir a "bolha" imobiliária). Isto também carregou milhões de americanos com dívidas insustentáveis. Por volta de 2006, a maior parte dos extenuados mutuários – "sub-prime" – já não podia pagar mais o que deviam. Este castelo de cartas começou então a sua espiral de descida.

A competição entre empresas também contribuiu para esta crise. Quando alguns bancos fizeram grandes lucros apressando-se a emprestar aos trabalhadores, outros prestamistas temiam que aqueles bancos utilizariam tais lucros para superá-los competitivamente. De modo que eles também correram para o "empréstimo ao consumidor". Para levantar o dinheiro a fim de efectuar tão lucrativos empréstimos aos trabalhadores, os prestamistas fizeram uma utilização expandida de novos tipos de instrumentos financeiros, principalmente títulos apoiados pelas obrigações de dívidas dos trabalhadores (títulos cujos possuidores recebiam porções das prestações dos empréstimos dos trabalhadores). Os prestamistas dos EUA venderam estes títulos globalmente para mobilizar todo o cash do mundo. O mundo todo então foi arrastado para a dependência de um remoinho: o capitalismo estado-unidense a apoiar o poder de compra dos seus trabalhadores com empréstimos custosos porque ele já não elevava mais os seus salários. As companhias concorrentes de classificação (Fitch, Moody's, Standard and Poor, etc) avaliaram erradamente os perigos destes títulos. Estas companhias competiam pelo negócio de prestamistas que precisavam de altas classificações para vender os títulos apoiados por dívidas. Prestamistas privados e públicos de todo o mundo competiam uns com os outros pela compra de títulos apoiados pela dívida dos EUA porque os mesmos eram classificados como quase sem riscos e ainda pagavam altos taxas de juro.

A competição empresarial e os conflitos empregador-empregado – ambos componentes nucleares do capitalismo – foram as causas principais da "crise financeira" de hoje. Mas o enorme salvamento governamental agora proposto pelo secretário do Tesouro Paulson e pelo presidente do Fed, Bernanke, não trata nem do problema dos salários estagnados nem aquele da competição. Ao invés disso, o salvamento proposto planeia "consertar" a crise financeira com o lançamento de vastas somas de dinheiro aos grandes prestamistas na esperança de que eles retomem os empréstimos e assim puxem a economia para fora da crise. Uma vez que esta "solução" ignora os problemas subjacentes da nossa economia capitalista, suas perspectivas de êxito são fracas.

Nenhum questionamento, quem dirá desafio, ao papel do capitalismo é concebível para os líderes dos EUA. Muito pelo contrário, suas "políticas" objectivam principalmente a preservação do capitalismo – em grande medida pela manutenção da sua responsabilidade pela crise actual fora do debate público e portanto longe da acção política. Mas esta crise, como muitas outras, levanta o espectro de Marx, a sombra do capitalismo, mais uma vez. As duas mensagens básicas do espectro estão claras: (1) a crise financeira de hoje decorre dos componentes nucleares do sistema capitalista e (2) resolver realmente a crise actual exige a mudança daqueles componentes a fim de mover a sociedade para além do capitalismo.

Por exemplo: se trabalhadores em cada empresa se tornassem os seus próprios conselhos de direcção, os velhos conflitos capitalistas entre empregadores e empregados estariam ultrapassados. Se agências do estado coordenassem decisões de produção interdependentes de empresas, a competição restante poderia limitar-se ao focar prémios por melhorias de desempenho. O governo dos EUA pode não apenas salvar enormes instituições financeiras como também exigir-lhes que se transformem em empresas em que empregadores e empregados sejam as mesmas pessoas e em que coordenação e competição se tornem respectivamente o aspecto principal e o menor das interacções empresariais. O governo dos EUA tomou o comando da Fannie Mae, Freddie Mac e AIG, mas isto não alterou nem a organização destas empresas nem a competição destrutiva entre elas. Foi uma oportunidade tragicamente perdida. Se os ventos políticos continuarem a mudar suficientemente longe e suficientemente rápido, soluções que respondam à crise actual pelo movimento para além do capitalismo podem ainda ser tentadas.

12 comentários:

AQUINAPÓVOA disse...

Caros concidadãos, decidimos aqui publicar este texto, que sistematiza os ultimos anos da realidade socioeconomica mundial, e explica a crise com que não nos devemos assustar. Temos lutado pelo caminho alternativo que unifica em vez de dividir. Ele é possivel e só é utopico para aqueles que muito tem ganho com isso...

Anónimo disse...

JÁ VIRAM O NOVO TERRAS DE LANHOSO? Sr. JOSÉ ABILIO COELHO NÃO FOI TINOCO DE FARIA QUE "DEIXOU" MILHÕES A DEVER... E A "PONTE DE NASCEIROS" POR FAZER...!?


Já era tempo do Executivo de Manuel Baptista de ARRASAR AS "CONTAS PASSADAS" Das juntas PS, de mostrar os "muitos milhões" a pagar a fulano, beltrano ou sicrano, de mostrar um lote de obras por pagar...

SÃO "BEM ENGRAÇADAS" AS NOTÍCIAS DE "NADA FAZER" UNS DIAS ANTES DA OBRA EM SANEAMENTO, ABASTECIMENTO E POSTERIOR PAVIMENTAÇÕES pelas "Águas do Ave" e empenho da nossa Câmara Municipal...

Como diz o CUNHA DE LEIRADELA, em 1ª Página, "os jornais locais são importantes"...

CLARO QUE SÃO, os nossos são cada vez mais para nós fazer rir...

Um Povoense atento, Vila

Anónimo disse...

Caro concidadão:

A crise financeira que neste momento assola o mundo deve-nos preocupar a todos,independentemente do estrato social a que pertencemos.Esta crise,desenvolvida pelo grande capitalismo e que teve o seu epicentro nos EUA,deve-nos asssustar e fazer reflectir se não é necessária uma nova ordem económica,social,política e cultural,assentes no valor da justiça,da igualdade e da solidariedade social.Essa nova política,com valores de esquerda e de progresso,são uma alternativa ao capitalismo selvagem que nos tem dominado a seu-belo-prazer.

Estou de acordo com o V/Secretário-Geral,Jerónimo de Sousa,que hoje,no Porto,afirmou que tudo isto que está a acontecer é o produto da entrega aos capitalistas dos bancos e das grandes empresas nacionais,como a GALP,EDP,ÁGUAS DE PORTUGAL.,etc.,e que o governo deve nacionalizá-las através da aquisição ou da nacionalização directa.

Portanto,a posição do V/ Secretário-Geral é de preocupação, porque pode levar à falência do sistema financeiro e naturalmente ao encerramento de milhares de pequenas e médias empresas e por arrasto os seus trabalhadores.

É preciso é de mudar de política e o governo PS devia imediatamente "rasgar" e atirar para a "retrete" o Código do Trabalho.

Caro concidadão,devemos temer esta situação porque ela é gravíssima e não se sabe os estragos que vai provocar a toda a gente.Não foi o PCP que a originou,segundo creio,foram os mesmos de sempre!!!

Muito boa noite e cuidado com a crise!

Anónimo disse...

Banco Central Europeu corta 0,5% às taxas de juro. OS NOSSOS BANCOS CORTARÃO NAS MENSALIDADES JÁ NAS MENSALIDADES?


ACP questiona demora em nova análise ao preço dos combustíveis. SE O PETRÓLEO ATINGIU 82 DOLARES, PORQUE GALP E COMPANHIA NÃO ACTUALIZAM JÁ?

Portugal continua na mentira e com o zé povinho a pagar...

Anónimo disse...

DEMISSÃO DO SR. FERNANDO FERNANDES PECOU POR TARDIA... mas é também "reflexo da Póvoa de Lanhoso"...


O Sr. Fernando Fernandes sempre foi um "Paraquedista", pese ser voluntarioso na liderança do clube.
Cometeu dois erros capitais...

1. PENSOU "QUE AQUELA GENTE" DO CLUBE TEM MUITOS "APOIOS" E PESO... NÃO TEM...

2. PENSOU QUE A PÓVOA DE LANHOSO TEM UM "ENDINHEIRADO BAIRRISMO" PARA COBRIR GASTOS A RODOS...

O sr. Fernando Fernandes "iludiu-se" e armou-se em "forte líder quase solitário", sem equacionar a proveniência e frequência de receitas e, sobretudo, a racionalidade de despesas face ao período muito cinzento da economia local e nacional...

O Sr. Fernando Fernandes também foi vitima dos PSEUDO-IMPORTANTES que povoam anos seguidos, diversos orgãos sociais das nossas principais instituições...

É LAMENTÁVEL QUE ALGUÉM ACEITE FAZER PARTE DE UMA DIRECÇÃO, E APENAS IR À TOMADA DE POSSE E A 1ª REUNIÃO, PARA MOSTRAR QUE TEM UM FATO NOVO...

...E É UM "RESPEITÁVEL IMPORTANTE" DA TERRA, QUANDO DE FACTO, NÃO FAZ NENHUM PELA TERRA...

É TEMPO DO CONSELHO MARIFONTISTA REGRESSAR...

Um Autarca PSD, Nossa Senhora do Amparo

Anónimo disse...

Sócrates e a sua pandilha de ministros e de correligionários salafrários, andaram durante este tempo todo a dizer que não havia dinheiro para as reformas dos trabalhadores e para a reposição do poder de compra dos mesmos, nomeadamente dos funcionários públicos, cujos aumentos salariais ficaram sempre bem aquém da taxa da inflação, para agora virem, com cara de pau e solicitamente perante os seus amos, afirmar que, caso seja necessário, o governo irá acudir aos bancos que entrarem em dificuldades. Para os trabalhadores não há dinheiro, mas para salvar os capitalistas da bancarrota e permitir que possam perpetuar o seu sistema de usura já não haverá problemas quanto a dinheiro. A experiência desta crise, independentemente da dimensão que vier a assumir, irá abrir os olhos a grande parte do povo português quanto aos políticos que o têm enganado e sobre o que é na realidade o capitalismo

Anónimo disse...

Todos os acontecimentos que aconteceram nos últimos dias,confirmam a tese avançada neste "Blogue" há cerca de 2 meses,por um comentador,que os EUA tinham entrado em recessão e que outras "bolhas" de instabilidade financeira podiam rebentar a qualquer momento.

Os governos da União Europeia, sabiam perfeitamente que essas tendências estavam a reflectir-se no mercado financeiro mas tentaram escondê-la dos povos,como é seu hábito.

Em Portugal,o "paupérrimo" 1.º Ministro José Sócrates e o PS, esconderam até onde lhes foi possível a situação,convencidos de que ela não chegaria onde chegou.Mais uma vez enganaram-se e mentiram ao povo português.

Mas os contornos da crise financeira vão de certeza absoluta
provocar uma recessão económica na Europa,como é visível nas declarações do FMI àcerca de Portugal que,estima,como já alguém salientou neste "Blogue",um crescimento para 2008 de 0,6% e de O,1% para 2009,mas se calhar,como prevejo,será negativo e com isso levará ao encerramento de inúmeras pequenas e médias empresas e ao crescimento exponencial do desemprego que,também,já é admitido pelo governo.

As causas desta situação são devidas à falência "da chamada economia de mercado,eu digo da política neo-liberal e de direita"
que tem provocado uma autêntica "hecatomba" na economia de "casino",que são a bolsa e os "off-shores" espalhados pelo capitalismo,nomeadamente americano,pelo mundo fora para branquear o "dinheiro sujo" da venda da droga,da especulação bolsista,da venda de armas e da fuga de capitais e por aí fora...

O capitalismo não tem rosto,não tem cor,nem religião,nem patriotismo,nem humanismo e desenvolve-se e decide-se no "mundo subterrâneo" e nos "grandes bastidores" do mundo da política e nos seus círculos mais influentes,e aqui entra tudo, desde os grandes "lobys" da economia,dos negócios,da hierarquia da Igreja,da corrupção e do "jogo sujo"etc.,etc,esta é que é a verdade.Não são nenhuns inocentes e "comem" todos da mesma "gamela e do mesmo prato e metem tudo no mesmo saco"! Até quando?!

Quando os trabalhadores de todo o mundo,e os que são vitímas da exploração de outras classes,quiserem definir e decidir o seu futuro colectivo.Tem todas as "armas" para isso acontecer em qualquer altura,basta-lhes ter um pouco de discernimento e coragem!!!

Chávista de boina vermelha

Anónimo disse...

AS SONDAGENS VALEM O QUE VALEM...

Hoje,fomos "bombardeados" com uma sondagem encomendada pela RTP(do governo PS) à Universidade Católica, que na projecção das intenções de voto dava ao PS(41%),ao PSD(34%,à CDU(8%),e ao BE(8%) e ao CDS/PP(2%).Essa sondagem, num universo de 1.300 pessoas que responderam,diz que 52% delas nunca votaram e as restantes 48% deram essa inclinação de voto.

Esta sondagem não tem qualquer rigor científico e é mais uma tentativa de manipulação do governo e do PS,numa altura em que as suas "perfomances" estão pelas ruas da amargura,face à instabilidade económica e financeira e que ainda ontem foram confirmadas pelo União Europeia.

Mas o mais caricato é que 52% das pessoas consideraram este governo muito mau e não estou a ver aonde está a virtude e a credibilidade das sondagem.A Universidade Católica está cheia de se enganar e esta sondagem é mais um "bluff" para enganar os portugueses.

"Quem não se sente não é filho de boa gente" e,portanto,não acredito nela porque quem a fez não é insuspeito e sabemos perfeitamente do lado em que está na "barricada",é esse o seu comportamento desde os tempos de Cerejeira e Salazar,da PIDE,da censura e do "lápis azul".Que,ao menos,tenham um bocado de vergonha na cara,Deus nunca deu qualquer credibilidade e legitimidade à hieraquia Católica,porque sabe muito bem de que lado ela está na sua grande maioria.Apesar de eu ter muito orgulho em ser católico,não sigo as suas parábolas,sigo aquelas que Deus defendeu até à morte.Estejam ao lado do seu "rebanho",na sua grande maioria trabalhadores,pobres e desfavorecidos,e deixem-se de malabarismos e de manipulações,mudem de "cassete" e regenerem-se,nós católicos progressistas e dos movimentos operários da JOC e da LOC já estamos fartos.Ouçam,o Bispo Resignatário de Setúbal,D. Manuel Martins,e aprendam com ele,antes de morrer,alguma coisa...

Há um grande sector da hierarquia que ainda não percebeu,nem quer perceber,que todo este sofrimento que os povos de todo mundo vivem é provocado pelo ódio,pelo roubo das riquezas e pela exploração do homem pelo homem,pelos mesmos de sempre - o capitalismo selvagem - que vocês encobrem e pactuam com ele,correcto?!

Mas são os Senhores catedráticos,nas Universidades de Teologia, que os preparam para essa linguagem,invocam Deus,mas depois não lutam pela transformação da sociedade,porque na sua grande maioria são retrógados e gostam muito do nosso "dinheiro",oriundo do orçamento de estado,não é verdade?!

É exactamente por isso que o caminho está cheio de "espinhos" e de "engulhos",mas podem ter a certeza que o mundo vai mudar,quer a Conferência Episcopal queira ou não,somos livres,criadores da riqueza mas muitas vezes não sabemos a força que temos...

Um Chávista com boina esquerda,católico e progressista e que luta pelo Socialismo de "rosto humano"!

Anónimo disse...

AS ENGENHARIAS CONTABILÍSTICAS NA CÂMARA CONTINUAM A SER UMA CONSTANTE NA GESTÃO DO PSD E DO PS:

Não há dúvidas de que,em questões de contas,continuamos a ser surpreendidos pelos nossos governantes autárquicos.É sempre a mesma "trapalhada" e as mesmas complicações,ora um,ora outro,andam sempre a arranjar "malabarismos" para nos enganar.

Critico uns e outros,na medida em que exigo isençao e transparência em todos os actos de gestão da Câmara,sejam eles de índole económico ou financeiro.Os Planos e Orçamentos e as Contas de Gerência,têm de ser os "espelhos" de uma gestão séria,transparente e responsável e,em cada acto eleitoral,as forças políticas e os seus responsáveis têm de prestar contas aos munícipes.

Estes episódios que não são nada abonatórios para quem os comete, não podem continuar a ficar "impunes" e demonstram de uma forma clara e inequívoca que há sempre uns "arranjinhos" para tornear os obstáculos.O POCAL(Plano Oficial de Contas para as Autarquias Locais),tem de ser cumprido na planitude e o Tribunal de Contas,que vigia e fiscaliza as contas,tem de actuar imediatamente mandando proceder ás respectivas auditorias contabilísticas.

É verdade,também,que o PS tem utilizado sistemáticamente a "arma" do "boicote" para invializar a contração de empréstimos.É a "ditadura da maioria" que continua a imperar, apesar de ter perdido as eleições de 2005,e Manuel Batista utilizou o espediente de "esvaziar" as dotações que constavam do Orçamento para as Freguesias, a fim de criar "uma verba disponível para poder fazer face a despesas imprevistas",nomeadamente de dificuldades de tesouraria.

O empréstimo contraído de 1 milhão e 200 mil euros(duzentos e quarenta mil contos em moeda antiga,)é fundamentalmente para "Pagar a Tempo e Horas" a fornecedores e credores do Município,mas não me parece que o acordo celebrado com as Juntas de freguesia vá ser cumprido nos moldes em que foi acordado,ou seja,o cumprimento até 30/04/09 de todas as obras inscritas no Plano de 2008 e a promessa de uma transferência de 60 mil euros para cada junta,em tranches bimentrais,durante o ano de 2009.

Enfim,é sempre a mesma coisa,a dívida cresce constantemente e qualquer dia a Câmara vai à "falência" e é vendida na "NET" como a Islândia...

Por mim,como povoense,estes partidos já há muito que tinham desaparecido do mapa político da Póvoa e do país,estamos mesmo a precisar de construir uma alternativa política de esquerda,credível,com povoenses sérios e disponíveis para trabalhar para o nosso bem estar...

Estou cheio de demagogia e de conversa,temos de mudar isto...

São sempre os mesmos de sempre a pagar todas as facturas,penso que já é demais,nem PS,nem PSD,nem CDS/PP,já lá estiveram todos,for favor,corram com eles de vez!!!

Pela Pátria até morrer!

Anónimo disse...

O Socialismo pode responder às mais profundas aspirações dos trabalhadores e dos povos?!

Pode,porque o mundo move-se! É um facto que o capitalismo tem tido uma capacidade de adaptação e de recuperação que não pode ser subestimada. Mas não pode fugir às suas insanáveis contradições e começam a definir-se os seus limites históricos.

Ganhou fôlego com as derrotas do socialismo e,através duma poderosa campanha,apresentou-se como sistema terminal e sem alternativa. Nos anos noventa,fez doutrina sobre o fim da história,o fim do comunismo e dos partidos comunistas,da luta de classes,das ideologias,o fim das revoluções.
Anunciaram e receitaram a globalização capitalista e o neoliberalismo,com a oferta da «terra prometida» de liberdade, de paz e de segurança internacional e o progresso social. Arrastaram consigo forças progressistas e social-democratas para a ideia de que o capitalismo só precisava de ser «mais civilizado» e «democratizado»,transformando-as,nalguns casos,como acontece no nosso país,em instrumentos para a realização da sua política e ideologia.

Esse triunfalismo durou pouco. Por razões da sua natureza, o capitalismo não só não foi capaz de corresponder aos interesses e aspirações dos trabalhadores e dos povos como acentuou a contradição entre as potencionalidades fascinantes das conquistas da ciência e da técnica e as brutais regressões que flagelam a humanidade - o desemprego, a fome, a doença, o analfabetismo, as catástrofes anbientais. É cada vez maior o antagonismo entre o capital e o trabalho.

O socialismo ressurge,assim,como uma necessidade histórica e objectiva,como solução racional para a superação e eliminação da desumana anarquia e concorrência capitalistas.
A necessidade tem de acertar o passo com a possibilidade.

O socialismo é uma possibilidade real e a mais sólida perspectiva de evolução da humanidade.

O PCP assume,sempre,com os trabalhadores e com o povo,o seu papel e o seu lugar na sua luta pelo socialismo em Portugal.

Avante pelo socialismo,a luta continua!

Povoense sem sono e atento!

Anónimo disse...

Boas camaradas,
Tive conhecimento que o Presidente da Câmara mandou pavimentar metade de um caminho expressamente para o irmão em Monsul, ficando a outra metade em terra.
Contou-me hoje um residente local, que a Câmara só fez metade do caminho porque o Pantera ( irmão do presidente)diz que iria fechar a fábrica caso eles não lhe pavimentassem o acesso.
Desloquei-me ao local, e constatei que efectivamente a pavimentação é expressamente só para a fábrica.
Será correcto investir dinheiros públicos, beneficiando só unica e simplesmente a família ?
Bom,gostaria que a câmara me arranja-se a minha casa que está a necessitar de obras.

Anónimo disse...

Já na Resolução Política aprovada no XV Congresso (1996) se dizia que «pelo seu volume desmedido, pela tendência a empolar-se cada vez mais, pelo risco aleatório do seu movimento, esse capital fictício financeiro-especulativo faz pairar sobre a economia dos países e do mundo a instabilidade monetária e o perigo de colapsos bolsistas devastadores». No XVI Congresso (2000), voltou-se a afirmar que «os constantes fluxos de capital-dinheiro, especialmente de curto prazo e de alto risco, provocam uma acrescida instabilidade no funcionamento do sistema financeiro e monetário internacional» e que «mercados bolsistas e imobiliários irracionalmente inflacionados são alimentados por uma insustentável expansão do crédito que potencia o perigo e a dimensão de desastres». E no último Congresso (2004), o PCP além de manter a sua análise, avisou que o endividamento dos Estados Unidos já era equivalente a um quarto do PIB.