sábado, 21 de março de 2009

SIM ,VALEU A PENA!!!!!

Foram mais de duzentos mil trabalhadores, homens e mulheres, jovens, operários, empregados, intelectuais, da administração pública e do sector privado, com vínculo efectivo, precários e sem qualquer vínculo, desempregados e pensionistas. Vieram de todo o país, saíram de casa desde Bragança a Vila Real de Santo António, ainda de madrugada. Vieram à luta convocada pela CGTP-IN.

Os objectivos incluíam a exigência de mudar de rumo, de mais emprego, de salários e direitos. Valeu a pena?Li as palavras de uma participante a um jornal diário que dizia que «nós já sabemos que não vamos conseguir nada, mas este é o único caminho que temos».
Na sua ingenuidade sincera, esta mulher trouxe a lume duas grandes questões. A primeira é a de saber se se consegue ou não alguma coisa com a luta. Ora a vida vem mostrando que, ao contrário do que nos querem fazer crer, temos conquistado muito com a luta. Não só historicamente, em que os trabalhadores conquistaram o direito à jornada das oito horas, o direito ao salário mínimo ou às férias. Também durante o mandato deste governo conquistámos importantes vitórias. Que o digam os trabalhadores que hoje recebem 450€ de salário mínimo, proposta que, quando apresentada pelo PCP e pela CGTP-IN, foi apelidada de irrealista, fantasista e outros epítetos. Foi a luta que obrigou o Governo a sentar-se à mesa das negociações e aceitar esta medida que, como facilmente se percebe, é da mais elementar justiça. Mas também a recente vitória alcançada no Tribunal Constitucional quanto à norma do Código do Trabalho que admitia poder haver um trabalhador à experiência durante seis meses. Desde logo, porque Cavaco Silva só solicitou a sua fiscalização por causa da forte mobilização dos trabalhadores.Foi a luta que forçou a derrota do projecto de directiva de trabalho da União Europeia, que admitia semanas de trabalho de até setenta e duas horas.Mas podemos ainda dar como exemplo os recuos a que o Governo foi obrigado em matéria de encerramento de serviços de saúde, um pouco por todo o País, após meses de contestação popular.E é certo que poderíamos generalizar o conjunto de ganhos obtidos, em salários, em direitos, em condições de trabalho, se nos situássemos ao nível das empresas e locais de trabalho, ao nível da reivindicação local ou sectorial.Resistir é já vencerNão ganhámos tudo, é certo, mas resistimos num tempo em que resistir já é vencer. Nos projectos dos sucessivos governos esteve sempre subjacente o grande objectivo do capital de vingança contra o 25 de Abril e as suas conquistas históricas. Conquistas essas também alcançadas à custa de dezenas de anos de luta que, para os comunistas e muitos outros democratas, foi, porque tinha de ser, até às últimas consequências.E apesar dos partidos da política de direita e da contra-revolução deterem o poder há já 33 anos de forma ininterrupta e de, uns após outros, insistirem nos seus objectivos de reconfiguração do regime, continuam insatisfeitos, não conseguem avançar tanto como gostariam, ainda que, como é o caso do actual Governo, detenham a maioria absoluta na Assembleia da República. É a luta que os impede, como sempre impediu, de deterem o poder absoluto!A segunda questão que aquelas palavras convocam é a de saber se não teríamos outro caminho. Questão que ganha toda a actualidade quando assistimos, de todos os lados, ao apelos para darmos as mãos, para estarmos todos unidos, para juntar forças para enfrentar uma crise que é global.Dar as mãos com os responsáveis e com os beneficiários da situação a que chegámos? Estarmos unidos para impor aos mesmos de sempre os sacrifícios do costume? Juntar forças para, mexendo neste ou naquele pormenor, ficar tudo na mesma? Tem razão aquela trabalhadora quando afirma que não temos outro caminho. Num tempo em que nos pedem para nos calarmos e para aguentarmos, interviemos na batalha contra o conformismo e a resignação e demos um importante sinal. O de que há forças no nosso País para resistir, avançar e fazer a ruptura que é necessária!E, pela sua dimensão, pela determinação e confiança que ali ficaram expostas, a manifestação mostrou ainda a muitos dos que ficaram em casa que não estão sozinhos, que há muitos outros que também perderam o seu emprego, que também vivem momentos difíceis, que têm as mesmas angústias, os mesmos receios, aos quais se podem juntar.Com esta grandiosa manifestação, e com a luta de massas na generalidade, transformamos em força organizada aquilo que é a insatisfação e a revolta de milhares de trabalhadores. E que força! Com a luta, com essa força, elevamo-nos a um patamar de igualdade com quem manda e detém o poder. E quem manda sentiu bem essa força, como mostra a reacção destemperada de José Sócrates.E com essa força que, a 13 de Março, se juntou na Avenida da Liberdade, gritámos bem alto um basta!
Basta de injustiças! Basta de exploração!Sim, valeu a pena!

8 comentários:

Anónimo disse...

a direito ou por linhas tortas. disse...

A cobardia chega a tal ordem que, a mesma cobardia é inefável, só de um psicopata, dizer coisas deste calibre, a torto e a direito ou por linhas tortas. O comentador deste acto incrédulo, não tem a capacidade neurótica de medir as coisas. Se este comentador não é um falhado, parece-o. No caso de não gostar das pessoas em causa, pertences à Câmara municipal, seria outro assunto, que, deveria e poderia atacar mas, de outra forma construtiva e de opinião crítica. Assim não tem perdão! A raiva com que descarrega o seu fel, com nomes arruaceiros e de mau carácter, não faz ganhar nada, apenas, está a incomodar quem lê neste espaço. Não estou a responder a este insulto, sob pena, a quem é dirigido, mas, pelo bom senso. Defendo todas e quaisquer pessoas, honestamente, contra esta propaganda suja e de mau gosto, não por ter um dedo político, mas, por ser da forma cobarde que o fazem, tenham os no lugar e assumam que o fizeram, assinem! A cobardia dá lugar à ingenuidade, para descarregar tudo que apetece, no sentido de denegrir imagens políticas e civis, ingenuidade essa, lamentável. Pensem antes de cometer tais desilusões para quem lê neste espaço, visto que é o único que está a ser “livre como um passarinho”, in blogue: Póvoa de Lanhoso a contrariar ou no seu melhor, aqui mesmo neste blogue. Um abraço a partir de Zürich. Quelhas.

in, no blogue livre, Póvoa de Lanhoso a contrariar ou no seu melhor.

- Veja para crer!

Anónimo disse...

"Valeu a pena"
Blogue do PSD de 5/3

"Sim, valeu a pena!!!!!"
Blogue do PCP de 21/3

COMO ELES ESTÃO BEM "CONECTADOS"... NÃO ACHAM ESTRANHA ESTA APROXIMAÇÃO?

Anónimo disse...

Semelhanças?
em quê?
Ó amigo das 23h58 de 21 de Março
Não acha que a sua intervenção neste espaço podia ser bem melhor se não entrasse por esses caminhos?
Tanto ideológica como políticamente as propostas e visões de um e de outro partidos são completamente antagónicas!
Semelhantes e "gémeas" têm sido as políticas praticadas quer pelo seu PS quer pelo PSD ao longo desta especíe de Democracia.

Anónimo disse...

Retirado do blog castelo de Lanhoso:

Admirador de Monsul disse...
Não queremos o Frederico a presidente da Assembleia Municipal, é demasiado baixo para a sua competência.
Já é Dr.e está formado, por isso queremos vê-lo na Assembleia da República. A junta de Freguesia de Monsul serve para agricultores, empreiteiros e nada mais.
O Frederico é das coisas melhores que temos na Póvoa e já deu provas disso.
Liderou a JS, fez parte da comissão de festas de S.José com o grupo da Câmara do PS,foi jogador de futsal em Frades,é festeiro este ano em Monsul, pertenceu ao grupo de jovens de Monsul,faz parte dos corpos directivos do PS, empresário de sucesso com provas dadas com cerca de 40 empregados.
Que mais querem como curriculum para ser deputado da nação.
boas e até à próxima.
Março 17, 2009

povoense disse...
Ó monsulense se o curriculum do Frederico é esse que referes, posso garantir-te que é pobre no seu conteúdo, mesmo sendo tudo isso verdade.
Temos pessoas cá pela Póvoa com muito mais,com provas dadas ao longo da vida, sem embuste no que quer que seja e com muito mais oportunidade tanto no PS como no PSD.
Não vejo sucesso em praticamente 90% dos locais onde ele passou.
Os Povoenses querem gente com sentido de responsabilidade,muita humildade e acima de tudo com verdade.
Março 21, 2009

Anónimo disse...

Os direitos dos trabalhadores estao em causa e o ps nao sabe no que se vai meter. socrates tem de levar com o cartao vermelho e ser castigado para sempre.
As leis do ps nao são de direita mas sim o inicio de uma ditadura anarquica e com o obejictivo de instituir a escravatura
NAO AO SOCRATES
MOSTREM QUE AFINAL O 25 DE ABRIL ESTA VIVO

Anónimo disse...

Covelas lembra vítimas da batalha


Lurdes Marques

Na passagem dos 200 anos da 2.ª Invasão Francesa, a Junta de Freguesia de Covelas, em parceria com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, homenageou, ontem, todos aqueles que pereceram na Batalha da Serra do Carvalho, no ataque dos franceses às tropas portuguesas, naquela que foi a primeira grande oposição ao avanço das tropas invasoras.

Do programa elaborado para assinalar a passagem dos 200 anos das Invasões, que integrou o cartaz das Festas de S. José, constou a inauguração da exposição ‘A Batalha da Serra do Carvalho na 2.ª Invasão Francesa no Norte de Portugal’, o descerramento de uma placa alusiva à batalha de 20 de Março de 1809 e a sessão solene de evocação, com uma conferência proferida por Jorge Gomes.

Depois do hastear das bandeiras, que contou com a presença da Banda Musical dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e das autoridades civis e religiosas, foi descerrada a placa pelo presidente da câmara, Manuel José Baptista, e pelo presidente da junta de Covelas, Jaime Oliveira, recordando aqueles que deram a vida pela defesa da pátria, adiantou o Padre António Couto.

A exposição, composta por quatro painéis, dá a conhecer a estratégia de defesa de Braga, o plano de defesa do Barão de Eben, o plano de ataque do Marechal Soult e a batalha no Carvalho.
“É uma exposição que tenta mostrar todos os contornos da batalha onde alguns povoenses morreram. Com esta mostra tentamos homenagear esses povoen-ses. É uma exposição didáctica que estará aqui patente até à primeira semana de Abril e depois partirá em itinerância pelas escolas do concelho” referiu Fátima Moreira, vereadora da Cultura na autarquia.

“Em apenas uma hora, tempo que durou o confronto, foram mortos 1200 portugueses e 40 franceses, tendo ainda sido feitos prisioneiros 400 portugueses, revelou Jorge Gomes durante a conferência, dando ainda conta dos saques que os franceses iam fazendo ao longo do percurso e do papel preponderante do clero no decurso das invasões.

Entre os mortos na Batalha da Serra do Carvalho, contam-se dezenas de povoenses das freguesias de Geraz do Minho, Fontarcada, Lanhoso e Garfe. Apesar da tentativa de bloqueio das tropas portugueses, pelo meio-dia do dia 20 de Março de 1809, os franceses estariam a chegar a Braga.

O presidente da junta de Covelas agradeceu o empenho e a dedicação de Jorge Gomes à freguesia, tendo também agradecido ao executivo pela forma como acolheu a ideia.
Finalizando, o autarca Manuel José Baptista disse que “assistimos a uma aula de história magnífica e penso que hoje ficamos com mais orgulho em ser portugueses e povoenses”.

Festa não é festa sem os tradicionais doces

A praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila da Póvoa de Lanhoso, foi um dos locais onde os visitantes puderam encontrar as tradicionais doceiras, que marcam presença em todas as festividades.
E, como festa não é festa sem os tradicionais doces, as festividades em honra de S. José contaram com a presença de muitas vendedoras, que iam chamando os clientes para lhes venderem as suas famosas iguarias, em especial as cavacas e os charutos.

“O negócio está parado, mas durante a manhã costuma ser assim pois as pessoas optam por comprar durante a tarde, perto do regresso a casa. O tempo está bom, está muita gente e, no final, o negócio deve melhorar”, disse Maria Josefa, das Caldas das Taipas, que se encontrava a vender os seus doces.
Paralelamente, de tudo um pouco se podia encontrar ao longo das várias artérias do centro da vila da Póvoa de Lanhoso. Desde os objectos em madeira, passando pelos CD’s, roupa, calçado e diversa bugiganga para todos os gostos, os vendedores ambulantes deram também um colorido às festas.

(Correio do Minho, 23-03-09)

Anónimo disse...

Associação do sector têxtil estima 12 mil despedimentos para 2009

Têxtil: Sector reclama que precisa de margem de manobra para despedir e mesmo assim ter apoios
“Temos de despedir”

O presidente da Associação de Têxteis e Vestuário de Portugal (ATP) considera que "é preciso ter coragem para despedir" no sector têxtil, opção que considera ser a única alternativa, dado o contexto de crise económica e financeira. Uma das condições da linha de crédito PME Invest III é exactamente a não-redução de postos de trabalho. Para João Costa, sem essa ela, muitas empresas não conseguem ser viáveis ao ponto de conseguir crédito junto da Banca.




"Isto [despedimentos] vai a bem ou a mal. É preciso perceber se é preferível numa empresa de 1300 trabalhadores dispensar 300 e manter a actividade ou não despedir ninguém e fechar as portas dentro de meses", afirma João Costa. O presidente da ATP faz questão de sublinhar que o Governo não "dá dinheiro às empresas, apenas cria condições mais favoráveis junto da Banca. Temos de pagar o que pedimos emprestado".

O responsável garante que a obrigação de não despedir para se candidatar às linhas de crédito complica a situação das empresas que, para serem economicamente viáveis, precisam de despedir. "Ficamos num impasse", garante.

O Ministério da Economia apresenta amanhã um plano de apoio para o sector que passa pela criação de um fundo de investimento imobiliário para aquisição do património da empresa, para quando for necessário reforçar o capital.

(Correio da Manhã, 23-03-09)

Anónimo disse...

Número de desempregados ao nível mais alto desde Dezembro de 2003

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego disparou 17,7 % em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e marcando o acréscimo mais elevado desde Dezembro de 2003.

(JN, 23-03-09)