Votos favoráveis: PCP, Bloco de Esquerda e Verdes"
De um lado, aqueles que defendem que o melhor para o país são horários de trabalho mais humanos, com mais e melhor emprego, com salários dignos. Trabalhadores com mais tempo livre para a sua vida privada, familiar, cultural. Trabalhadores mais motivados, mais felizes... logo, mais produtivos.
Do outro lado, aqueles que acham que o melhor para eles próprios são horários de trabalho do princípio do século passado, com empregos precários, baixos salários e exércitos de desempregados prontos a aceitar o que quer que seja. Trabalhadores vergados pela exploração, desmotivados... logo, menos produtivos.
E em cima do muro o Partido dito Socialista, historicamente afeito às repetidas, recorrentes e já nada surpreendentes alianças, acordos e arranjinhos com estes segundos.
Mais uma vez, enquanto o CDS se vai declarando cheio de “espírito de compromisso” e o PPD-PSD vai velhacamente retirando os obstáculos para que o PS consiga fazer o seu “acordo” (mais uma vez à direita, para o cozinhado do Orçamento de Estado), ontem foi dia de o Partido dito Socialista, perante uma proposta de alteração à maior nódoa da sua governação, o Código de Trabalho, decidir alinhar com a restante direita parlamentar, chumbando a proposta comunista. Teve mesmo que suportar a humilhação de ver o PPD abster-se, apenas...
Compreende-se as pessoas que por convicção, amor à camisola... o que for... vêm sempre em defesa do PS, por vezes com “argumentos” já apenas desesperados e violentos, sempre que se diz, como aqui, que o seu partido governa preferencialmente à direita. Ontem, decididamente, não foi um bom dia para esses defensores das cores do Largo do Rato. Infelizmente, à semelhança da maior parte dos dias dos últimos trinta anos!
5 comentários:
Quando ouço os deputados do PS, PSD e CDS defenderem os bancos de horas, as 60 horas semanais, a flexibilidade e tantas outras estupidezes natas ou inatas ("importante para a economia", "o melhor para empresas e trabalhadores", "essa visao [das 40 horas] é redutora") percebo claramente o sitio em que está montada a "barricada"...
Ah, laboriosos deputados da nação, se gostam tanto do trabalho, se propagam aos sete ventos o quanto trabalham, o quão pouco tempo têm para a familia e as horas que deixam de dormir, Trabalhem vocês, sejam vocês flexiveis, convertam-se na elite dirigente de moral superior que o Povo precisa...ou então, calem-se. Assumam que o que vos preocupa é a estabilidade, a governância, esta visão estupida, tacanha e neo-conservadora da deusificação do esforço...para os outros.
Em pleno século XXI, PS, PSD e CDS-PP defendem um modelo de sociedade dos tempos dos comboios a vapor, elogiando a sua postura “responsável” ante os desafios de uma suposta modernidade. Ao mesmo tempo, cientes de que aqueles que os elegeram não lhes retirarão a confiança do voto por terem que pagar o bilhete do vapor, debatem acaloradamente o TGV. É o futuro.
Já se estava à espera depois desta fase de eleições....
Matemáticamente, calcular-se-à que um individuo, depois dos 75 anos (idade da reforma num futuro breve), 55 dos quais a trabalhar, 50 semanas em cada um destes anos, 60 horas em cada uma destas semanas, trabalhou 165000 horas! Um acrescimo de 40%!!!! Fisica, Psicologica e Sociologicamente dir-se-à que terá a mente e corpo cansados mas cumpriu o seu objectivo ou dever social; Filosoficamente que a modernidade e liberdade de uns acompanhou foi acompanhada pelo retrocesso e a exploração de outros; Políticamente que a direita vai vencendo a esquerda; Biologicamente, que assitimos à evolução de uma parte da espécie humana que consegue dominar outra e tratar cada um destes individuos como cabeças de gado... sim gado!
Como é, gente do meu mundo? É isso que queremos? Afinal a evolução é só a ECONÓMICA? Mesmo sendo importante, temos sempre saber para onde nos leva. E é isto que dizem os comunistas: a economia é uma ferramenta para servir as pessoas. Não têm que ser as pessoas a servir a economia, como nos querem fazer acreditar esses senhores PS, PSD e CDS cá em Portugal e as respectivas familias políticas na Europa.
Mais uma comprovação da falta de respeito,de dignidade e de desumanização que estes senhores do PS,PSD e CDS/PP nutrem pelos trabalhadores.
É mais uma concludente prova de que pretendem apenas o voto de quem confia neles,para depois o trairem e deixar ao seu livre-arbítrio,já chega de massacre e de "facadas nas costas" é preciso que as pessoas se convençam,duma vez para sempre,que o PS,PSD e CDS/PP são inimigos de quem trabalha.Sacam o voto às pessoas para ascenderem ao poder e tratar dos seus interesses e negócios,é isto que mais uma vez está a acontecer e já está tudo montado entre o triunvirato para continuarem a fazer as políticas do costume e,assim afundarem ainda mais os trabalhadores.
A santa ignorância tem custos enormes e é pena que uns,que lutaram e lutam para terem os direitos civilizacionais que conquistaram há séculos,estejam na eminência de passarem a ser novamente "escravos" de uma clique que não tem vergonha e que se diz de esquerda para venderem de "borla" ao grande capital os nossos direitos.
Isto está a atingir situações que nem o fascismo de Salazar ousou pôr em prática,milhares de trabalhadores na ditadura trabalhavam 40 horas semanais e tinham semana inglesa,por isso é mais uma garotice e uma traição do governo PS/Sócrates contra os trabalhadores.
Queriam acordos com o PCP,no tanas?!A luta vai ter de endurecer contra o governo de traição do PS/Sócrates e dos seus irmãos siameses do PSD e CDS/PP e mais uma vez vamos derrotá-los,disso podem ter a certeza absoluta.Mas desta vez é para os "derreter" de vez e o povo português ter a certeza que o PCP é o seu grande amigo e aliado no combate às políticas de submissão ao grande capital económico e financeiro.
Vamos a eles com todas as nossas forças,porque venceremos mais uma vez!!!
A conquista da jornada de trabalho de 8 horas em 1962 foi das conquistas mais importantes que os trabalhadores conseguiram.
Voltámos à sociedade esclavagista,em breve passaremos à revolução socialista
Eles não sabem ,mas a história repete-se
Enviar um comentário