segunda-feira, 20 de julho de 2009

NEM SOCRATES NEM FERREIRA LEITE



Quanto menor for a “governabilidade”, mais condições terão os trabalhadores de fazer valer os seus direitos




Perigo de o país se tornar “ingovernável”, foi o que o PS atirou à cara dos eleitores na própria noite em que soube da derrota nas europeias. Desde então, o mote tem-se repetido em jeito de campanha para assustar os temerosos. É fácil de perceber o propósito: dramatizar o confronto partidário daqui até às eleições legislativas para justificar a necessidade de uma nova maioria absoluta.O drama não é só do PS, é das classes dirigentes. A maioria absoluta de Sócrates foi para elas um maná: permitiu-lhes fazer da acção do governo um rolo compressor dos direitos dos trabalhadores e uma alavanca para os negócios do capital, como não tinha acontecido desde os governos de Cavaco Silva. Perder esse instrumento é motivo de apreensão geral. Por isso, todos – partidos do poder, patrões, presidente da República, ex-presidentes da República, comentadores a soldo – querem que uma nova maioria absoluta se constitua seja como seja, só com um ou com o número de partidos que for preciso. Pretendem afinal assegurar a continuidade da mesma política dos últimos quatro anos, se necessário com outros figurantes.

Da parte dos trabalhadores o interesse é exactamente o contrário: fragilizar o mais possível o próximo governo de modo a que a sua capacidade de acção fique diminuída. No plano eleitoral, a resposta à campanha das forças do poder tem de ser, assim, a de recusar nova maioria absoluta seja de quem for; a de diminuir a margem de “legitimidade” que reclamam em resultado do voto; a de rejeitar a política do patronato, desempenhada por Sócrates ou por Ferreira Leite; a de baixar o número de votos de trabalhadores nos partidos da direita. Quanto menos condições de “governabilidade” tiver um próximo governo, mais condições terão os trabalhadores de fazer valer os seus direitos.Mas, como bem mostram os acontecimentos dos dois últimos anos, foi a demonstração pública, na rua, da aversão dos trabalhadores à política do PS; foram as acções de resistência de diversos sectores profissionais em resposta aos ataques governamentais-patronais; foram os protestos dos utentes dos serviços públicos de saúde, de transportes, de assistência social, de educação contra a perda de direitos – foi toda essa manifestação de descontentamento, iniciada em finais de 2006, que se expressou em 7 de Junho na queda eleitoral do partido do governo.Será essa, portanto, a via para que se acentue a recusa, não apenas da política levada a cabo por Sócrates, mas em geral da política que o poder patronal quer fazer prosseguir através de qualquer um dos partidos que o representam.

8 comentários:

Nadi@ disse...

Sócrates promete novo subsídio para famílias abaixo do limiar da pobreza

Sócrates promete 125 mil vagas em cursos profissionais

Sócrates promete duplicação do número de bolsas Erasmus no seu programa eleitoral


A prometer ele é bom ....agora a cumprir.

Revista Reporter X Editora Schweiz Oficial disse...

Lei do financiamento dos partidos "esqueceu-se" dos independentes
Ontem
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) classificou de "esquecimento" o facto da lei que define a isenção dos partidos políticos no pagamento de IVA nas campanhas eleitorais não regular o financiamento das candidaturas independentes.

Ao contrário dos candidatos autárquicos propostos por forças políticas, os independentes suportam o IVA, a uma taxa de 20 por cento, do material que compram para difundir a sua mensagem política e estão impedidos de vender bens ou artigos, para angariar fundos, sem cobrar o IVA.

O facto da actual legislação que regula o financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais não abranger, no capítulo dedicado aos benefícios e isenções, os grupos de cidadãos eleitores, suscitou alguma revolta em alguns candidatos independentes, que exigem "igualdade de direitos".

Sendo a lei de 2003, nas últimas eleições autárquicas já se verificava esta situação, mas ninguém se manisfestou, segundo o porta-voz da CNE, Nuno Godinho de Matos.

Para o responsável da CNE, esta situação poderá resolver-se com uma "possível iniciativa legislativa" que crie um estatuto que defina o modo de organizar e estruturar os benefícios fiscais a atribuir aos cidadãos que concorrem às eleições como independentes.

Contudo, segundo Nuno Godinho de Matos, este ano os candidatos independentes "terão ainda que se sujeitar" à actual legislação.

Na sequência de um pedido de parecer formulado recentemente pelo candidato independente à Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, a CNE afirmou que "o regime legal previsto", no que respeita ao IVA, "é susceptível de colocar em crise o princípio da igualdade das candidaturas".

Doutores e Engenheiros disse...

Doutores e Engenheiros

Desculpem o Dr. Ramalho é tão DOUTOR como o José Abílio Coelho ou até mesmo a DOUTORA Fátima, não esquecendo o Nosso DOUTOR primeiro Ministro, José Socrates.

Isto é a mesma coisa que, dizer que, a LURDES é jornalista, o QUELHAS é escritor, o FREDERICO é Político, o PAULO FREITAS é vereador da cultura, o P. LUÍS é bombeiro e o SOUSA DIAS é do CDS, andando de mãos dadas com o Manel Monteiro.

Domingos

Póvoa de Lanhoso a contrariar ou no seu melhor! disse...

Mãe e filha acusadas de burlar 105 juntas

"Surgiu a mesma coisa em algumas juntas da Póvoa de Lanhoso"

Promessa de elaboração de DVD a troco de 2500 euros. Autarcas acreditaram que receberiam 50 euros por eleitor.

Com a promessa da edição de um DVD, mãe e filha burlaram mais de uma centena de juntas de freguesia do país em cerca de 50 mil euros. São acusadas, em co-autoria, de 105 crimes - 72 consumados e 33 na forma tentada.

Segundo a acusação do Ministério Público de Almodôvar, no Alentejo, as duas mulheres deslocavam-se às juntas para propor um negócio. Pediam informações sobre as freguesias e comprometiam-se a editar um DVD sobre as características das zonas. Em troca, as autarquias pagariam quantias que poderiam chegar aos 2500 euros. A mãe, de 42 anos, apresentava-se como historiadora e a filha, de 24, como advogada. "Falavam bem, tinham boa apresentação e pareciam sérias. Pediam um sinal, mas assinavam contrato", disse, ao JN, um dos autarcas lesados, recusando ser identificado.

O primeiro passo para o desmantelamento deste esquema foi dado em Março deste ano, quando as duas arguidas conseguiram marcar uma reunião na Junta de Freguesia de Santa Cruz, no concelho de Almodôvar.

Os 1500 euros pedidos para a elaboração do DVD eram apelativos, mas a contrapartida que anunciavam levantou suspeitas. As mulheres diziam que a autarquia iria receber 50 euros por cada cidadão inscrito nos cadernos eleitorais. Quantias que seriam pagas por "entidades oficiais".

Desconfiado, o presidente da junta contactou a GNR, que o aconselhou a marcar uma segunda reunião para o dia seguinte, 25 de Março. A mulher mais velha compareceu ao encontro e foi detida em flagrante, à porta da junta, depois de ter assinado o contrato fictício. Residente em Moita do Ribatejo, está desde então em prisão preventiva por decisão de um juiz de instrução. A filha só viria a ser detida a 14 de Maio e está em liberdade, mas sujeita a apresentações periódicas às autoridades.

A investigação, conduzida pela Directoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ), permitiu concluir que as mulheres burlaram 105 juntas de freguesia de vários distritos do país, a maioria no Alentejo e na Guarda.

As mulheres actuaram entre finais de 2006 e Março deste ano e tinham como alvo preferencial juntas de freguesia do interior do país. Fonte da PJ explicou, ao JN, que a queixa do autarca de Santa Cruz foi determinante para pôr fim ao esquema. "Há fortes suspeitas de que cometeram mais crimes e de que os lesados tenham decidido não participar às autoridades", acredita, sem duvidar que, a partir de agora, "vão surgir novas queixas".

Nadi@ disse...

Cavaco escolheu agora Vitor Bento para substituir Dias Loureiro, arguido do caso BPN, no Conselho de Estado. Bento tem-se destacado na SEDES por defender cortes nas pensões e salários. Mas para os outros. Em 2000, meteu licença sem vencimento de um lugar no Banco de Portugal para se tornar presidente da SIBS, gestora da rede de multibancos. Em 2008, o banco de Constâncio promoveu-o por mérito (o que tem impacto em termos da reforma), depois de oito anos sem mexer uma palha no banco central. Num sítio com uma opinião pública informada e formação cívica decente, Bento nunca mais ocuparia nenhum cargo que se visse. Talvez o locatário de Belém – sempre tão elogiado pelos comentadores de serviço – fizesse melhor em encher menos a boca de ética e ter mais cuidado com as escolhas que faz.

Anónimo disse...

Lisboa, 22 Jul (Lusa) - O 'histórico' socialista Manuel Alegre despede-se quinta-feira do hemiciclo da Assembleia da República ao fim de 34 anos, na recta final de uma Legislatura onde foi notório o seu afastamento do PS em alguma matérias.

Deputado desde a Constituinte e o parlamentar com mais anos em exercício de funções, Manuel Alegre não falhou a eleição em nenhuma das dez Legislaturas que decorreram desde 1976, deixando a sua marca em momentos importantes, como na redacção do Preâmbulo da Constituição.

Nas três últimas Legislaturas, o deputado, poeta e um dos fundadores do PS exerceu também o cargo de vice-presidente da Assembleia da República.


Pateta Alegre até que enfim que foste embora já cheirava mal tanta "poesia"barata e demagoga
Adeus e não voltes mais ...para nada

Anónimo disse...

Nem Sócrates, nem Ferreira Leite...Nem LOURENÇOS,digo eu!!!!!!

mariahenriques disse...

afinal ferreira leite sabia do negócio Pt.
http://mareamos.blogspot.com/2010/02/afinal-ferreira-leite-sabia-do-negocio.html

--Afinal Ferreira leite que passa a vidinha a chamar mentiroso a Sócrates , parece que também gosta de atirar as suas mentiritas de vez em quando e se formos a ver a sua expressão quando é apanhada -livra ! - por ali , naquela alminha, escondem-se também profundas sombras.