quinta-feira, 14 de maio de 2009

SOBRE A LEI DO FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS


Muitos não sabendo do que falam, muitos outros mentindo e deturpando por saberem exactamente do que falam, ergueram uma operação a propósito das alterações à lei do financiamento dos partidos. Os objectivos são claros: identificar no PCP a responsabilidade destas alterações, favorecendo a ideia de que os partidos são «todos iguais», tão necessária quanto indispensável para garantir que os «iguais» de facto se perpetuem no poder. No mar de escândalos e de enriquecimento ilícito e da escandalosa drenagem de dinheiros públicos para salvar banqueiros e especuladores, nada melhor do que instrumentalizar as alterações agora aprovadas para desviar atenções.Nesta campanha de meias verdades, algumas engenhosas mistificações e abundantes mentiras, vale a pena deixar sublinhadas sete verdades, que clarificam e rectificam o que sobre a questão se tem lido e visto.

1.As leis dos partidos políticos e do respectivo financiamento têm, desde a primeira hora, merecido o mais firme combate e denúncia do PCP.Um combate firme porque são um instrumento inadmissível e antidemocrático de ingerência na vida dos partidos, violam o livre direito de associação política e visam atacar o PCP e a sua forma de organização e regras de funcionamento.
2.A operação em curso omite deliberadamente a oposição clara do PCP à lei do financiamento (bem presente na Marcha Liberdade e Democracia promovida pelo PCP, em 1 de Março de 2008), reafirmada agora na declaração de voto a propósito da alteração à Lei. O voto favorável do PCP às alterações recém-aprovadas reside no facto de elas atenuarem algumas das regras absurdas e inaplicáveis impostas pela Lei em vigor e de reduzirem a margem de arbitrariedade da Entidade responsável pela fiscalização das contas.
3.Os promotores da campanha fingem ignorar que o PCP se opôs de forma clara e sem hesitações aos valores das subvenções estatais aos partidos políticos, bem como ao aumento dos limites de despesas nas campanhas eleitorais – absolutamente despropositados e chocantes – fixados em 2005 pela mão do PS, PSD e CDS-PP que elaboraram a Lei do Financiamento dos Partidos.Com a Lei de 2005 mais não se fez do que aumentar os subsídios estatais aos partidos, em dois terços para a actividade corrente, para o dobro no caso das campanhas eleitorais e em cerca de nove vezes no caso das eleições autárquicas.Esse aumento significou, por exemplo para o PS e PSD, cerca de cinco milhões a mais com a entrada em vigor desta Lei em 2005.
4.Na corrente de meias verdades e mentiras ignora-se propositadamente que o PCP, no quadro das alterações agora aprovadas, votou na especialidade contra a única disposição que de facto se traduz no aumento de meios postos à disposição de campanhas eleitorais – no caso, a inscrição de uma dotação destinada à segunda volta das presidenciais.
5.A propositada confusão entre aumento de limites para angariação de fundos, por um lado, e o aumento das subvenções do Estado, por outro, é, em rigor, um mero truque destinado a sustentar os objectivos dos promotores da campanha em curso.De facto, o que as alterações introduzem é, mantendo os mesmos montantes da subvenção estatal que a Lei de 2005 estabelece, a possibilidade de ampliação dos valores para iniciativas de angariação de fundos, bem como a margem de valores que podem não ser titulados por cheque nas iniciativas e contribuições de militantes. Não são assim empurradas para uma pretensa ilegalidade as receitas de pequenas quotas (bastariam 356 militantes pagarem em numerário a sua quota de 5,00€) ou de iniciativas como a Festa do Avante!. A este propósito importa referir que o PCP, de acordo com as suas posições de sempre, defende uma maior possibilidade para os partidos fazerem iniciativas para o seu próprio financiamento e simultâneamente a redução das subvenções do Estado.
6.A tentativa de apresentar receitas em numerário como sinónimo de dinheiro de proveniência duvidosa é um acto de manipulação condenável.Primeiro, porque finge ignorar que a lei impõe regras de comprovação e justificação de todas as receitas sejam elas em numerário ou não. E fingem ignorar que qualquer contribuição em numerário tem de ser inferior a 25% do IAS, isto é cerca de 104€.Os que esgrimem contra o aumento das contribuições em numerário, certamente incomodados com os milhares de apoiantes e militantes do PCP que generosamente apoiam a sua actividade (incomodados porventura com as moedas de dois euros ou as notas de cinco ou 10 euros deixadas nas acções do PCP) fingem ignorar que estas são contribuições limpas e honestas, o que não se poderá garantidamente dizer daqueles cheques ou transferências bancárias de dezenas de milhares de euros que um qualquer não está impedido de atribuir, seja a partir de um off-shore ou de um banco.
7.Os que tentam meter tudo no mesmo saco para atingir os que são diferentes ignoram que foi o PCP que, desde a primeira hora, se opôs ao financiamento privado por parte de empresas e grupos económicos.Com a autoridade de quem defende regras claras e transparentes para o financiamento dos partidos políticos e com a autoridade de quem tem denunciado que um conjunto de disposições da legislação em vigor são absurdamente inaplicáveis e só se justificam por aqueles que pensam poder assim limitar a capacidade de intervenção do Partido, o PCP manterá o seu firme combate à Lei de 2005 e lutará pela sua revogação e substituição.

* * *A campanha agora em curso é mais um episódio de profunda hipocrisia e manipulação, envolvida em parte num limbo de ataque indiferenciado aos partidos políticos tão próprio a correntes de opinião fascizantes e ditada, em larga medida, pela opção de quererem em vigor normas que de facto se destinam a limitar a actividade do PCP.A operação construída em torno da aprovação da alteração a Lei do Financiamento dos Partidos é inseparável da proximidade dos actos eleitorais de 2009 e da tentativa de, errada e mistificativamente, difundirem e generalizarem a ideia de que os «partidos são todos iguais», tão cara quanto necessária aos que se esforçam por manter a política de direita e criar dificuldades ao reforço daquela força onde sabem residir a mais consequente e coerente oposição: o PCP.Os próximos tempos dirão se aqueles mesmos que não se coibiram de usar até ao limite, em campanhas próprias, os valores obscenos destinados à subvenção de campanhas eleitorais, não se apresentarão agora com discursos de falso moralismo.A operação lançada a propósito das alterações à Lei é ditada, em muito, pelo mesmíssimo objectivo que levou à aprovação da Lei: um ataque dirigido ao PCP para limitar ou mesmo impedir a sua actividade e o seu papel na sociedade portuguesa. Este objectivo, e em particular a tentativa de pôr em causa a Festa do Avante!, responsabiliza, desde já, todos aqueles que invocando critérios de rigor e transparência se assumem como inquisidores e participantes numa deriva antidemocrática, pelas consequências das suas concepções e práticas.

18 comentários:

Anónimo disse...

Ao que nós chegamos... Agora cai aqui todo o tipo de anormalidade?
Já não bastavam os escritos sem nexo nem conteúdo do quelhas, para agora termos que aturar até publicidade encapotada? Assim não, senhor Administrador deste espaço. Assim não vale a pena porque é só tempo que se perde.

AQUINAPÓVOA disse...

Mais uma vez e para aqueles que nem sequer sabem o que é discutir actos e atitudes políticas,procederemos de imediato ao "controlo" das mensagens.
Lamentável tomar atitudes contra os nossos principios.

Anónimo disse...

Ves Quelhas,só entendes escrever porcaria da mais absurda que existe.
Aconselho-te vivamente a frequentares um curso de formação ideológica tal o teu saudoso tio "ciganinho" frequentou

Anónimo disse...

Não são as poesias e desabafos do quelhas que incomodam. Eu não o conheço pessoalmente mas simpatizo com ele. O pior são os comentários que são aqui postos sem qualquer interesse sejam eles para fazer propaganda ou para nos dissuadir de aqui virmos ler e escrever sobre a póvoa.
bem hajam.

Luxemburgo: 30 % desempregados portugueses... disse...

Problema do desemprego motiva comunidade lusa a participar numa manifestação, no próximo sábado.

Os portugueses representam actualmente 30 % dos desempregados no Luxemburgo, problema que os levará a participar sábado numa manifestação nacional contra a crise económica, indicou o conselheiro das comunidades naquele país.

"Das 14 mil pessoas desempregadas no Luxemburgo, 30 % são portugueses, num universo de 480 mil habitantes do país", declarou à Agência Lusa Eduardo Dias, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e líder sindical no Luxemburgo.

"A comunidade portuguesa é a mais atingida pela crise económica no Luxembrugo, tanto na questão do desemprego, como na questão salarial", indicou.

Eduardo Dias salientou ainda que há 80 mil portugueses residentes no país, dos quais 35 mil são trabalhadores activos.

(Jornal de Notícias, 15-05-2009)

SUIÇA, REDUÇÃO DOS VISTOS B.... disse...

Provável redução dos vistos de trabalho afectará portugueses na Suíça

Motivada pelo aumento do desemprego, a medida deverá afectar apenas os chamados vistos B, com duração máxima de cinco anos, atingindo especialmente os emigrantes portugueses e alemães.

Aumento de desemprego pode levar a restringir vistos de trabalho e afectar imigrantes portugueses.


(Jornal de Notícias, 15-05-2009)

Tides disse...

A mudança começa sempre por aqueles que nunca desistem que de chatos passam a incómodos e que de incómodos passam a adversários e que por fim a.....certezas reais.

ALEGRE REJEITA SÓCRATES... disse...

Eleições legislativas
Alegre não é candidato do PS

Manuel Alegre, ex-candidato presidencial, anunciou esta sexta-feira aos seus apoiantes do MIC (Movimento de Intervenção Cívica) que não integrará as listas de candidatos a deputados do Partido Socialista nas próximas eleições legislativas, apesar de continuar militante do partido.

Revista Reporter X Editora Schweiz Oficial disse...

AMIGOS E MENOS AMIGOS PARA MIM É IGUAL. A PARTIR DE HOJE TODOS OS MEUS COMENTÁRIO SERÃO ASSINADOS DESTA FORMA, IGUALMENTE AO QUE SE PODE VERIFICAR EM CIMA. QUER APARECAM OU REJEITEM OS MEUS COMENTÁRIOS PARA MIM TANTO FAZ. O QUE INTERESSA SE ELES FOREM MEUS VÃO ASSINADOS. NÃO PAGAREI MAIS POR PASSAR POR OUTROS COBARDES. NÃO SOU DO TIPO DE TRATAR MAL NINGUÉM. ESTOU FARTO DE VER FRASES ALUDIDAS À MINHA DEGNIDADE. CHEGA...

007 disse...

Ouço por aí chamar de dr. Lourenço ao sr. Lourenço.
Chamo sr. Lourenço porque nunca soube qual foi o curso superior que tirou e em que instituição.
Doutores temos por cá muitos,até mesmo os da mula russa.
Uns chamam-lhe de RATO, outros de Cachorrinho, mas afinal de contas o que é então ?
Acho que o homem tem um título.
Haja decência e chamem os bois pelos nomes como na minha terra.

Anónimo disse...

Todas as manhãs, antes de darmos início às nossas ocupações, seria importante que como medida higiénica avivássemos a memória recordando as malfeitorias, as agressões de muitos figurões que se pavoneiam como democratas.


Reparem bem neste ramalhete de ‘democratas’ sem esquecer o capataz.





Mário Soares - Carlos Alberto da Mota Pinto - António de Almeida Santos - Ernâni Rodrigues Lopes - Amândio Anes de Azevedo - Manuel José Dias Soares Costa - José Veiga Simão - Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto - Carlos Montez Melancia.




Lay-off

Decreto-lei n. 398/83 de 2 de Novembro de 1983


Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 6 de Outubro de 1983. –


Promulgado em 24 de Outubro de 1983.

Publique-se.

O Presidente da República, ANTÓNIO RAMALHO EANES.


Referendado em 24 de Outubro de 1983.

O Primeiro-Ministro, Mário Soares.

Anónimo disse...

CARTA ABERTA AO ENGENHEIRO

JOSÉ SÓCRATES


Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.

Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.

Desminta, se puder, o que passo a afirmar:

1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.

2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha.

As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?

3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é . 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.

Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:

1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão ).

OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO!.


Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus 23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos.

Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.

Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.

2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.

3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre ( Prédio Coutinho ) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?

4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?

Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social ?

Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros ?

Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros ?

Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos ?

Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida ?


A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.


QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA,

FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.


QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE,

PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM.

Famílias numerosas têm descontos disse...

Lurdes Marques

Prestes a ser mãe do quarto filho, Ana Paula Almeida de Oliveira, residente em Sobradelo da Goma, foi uma das contempladas com o Cartão Municipal de Família Numerosa.
Aproveitando o Dia Internacional da Família, que ontem se assinalou, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso entregou, de forma simbólica, o Cartão Municipal de Família Numerosa a 13 agregados familiares do concelho.

Ter três ou mais filhos, com idades até aos 18 anos ou 25 se ainda se encontrarem a estudar e residir no concelho são as condições necessárias para a obtenção do Cartão de Família Numerosa, o qual possibilita um conjunto de descontos em serviços prestados pela autarquia e pelas instituições aderentes.

Desconto de 50 por cento na tarifa do lixo, aplicação da taxa familiar no consumo de água, desconto nas piscinas municipais e isenção ou redução em bens culturais são algumas das vantagens concedidas aos portadores do referido cartão.
A adesão ao cartão é gratuita.

Na sua intervenção, Manuel José Baptista, presidente da câmara municipal, destacou que as pessoas e os povoenses são uma preocupação do seu executivo.
“Além das obras, que nós gostamos de concretizar, primeiro estão as pessoas. Olhando à grave situação do país e do mundo, é uma preocupação nossa as pessoas terem que comer e vestir”, disse o edil que destacou o trabalho desenvolvido pelos técnicos da autarquia.

A vereadora da Acção Social, Fátima Moreira, deu a conhecer as medidas de apoio às famílias colocadas no terreno pela autarquia povoense: subsídio ao arrendamento, redução das taxas de IMI, Loja Social, Acção Social Escolar, apoio a obras nas habitações, apoio alimentar, Banco das Ajudas Técnicas, entre outras.

(Correio do Minho, 16-05-2009)

NIC de Guimarães deteve povoense disse...

NIC de Guimarães na pista de vários crimes

Teresa M. Costa

Nos últimos três dias, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial (DTER) de Guimarães da GNR deteve um indivíduo por posse de arma ilegal, posse de estupefacientes e suspeita de receptação e identificou mais dois por suspeita de furto em obras de construção civil.

O NIC de Guimarães foi para o terreno e, cumprindo um mandado de busca numa residência no concelho de Guimarães, apreendeu uma espingarda caçadeira, que tinha sido furtada, e 15 munições de vários calibres.
Na mesma residência, foram apreendidas 14 plantas de cannabis e 0,9 gramas de cocaína.

O NIC encontrou ainda diverso material alegadamente furtado, tendo apreendido um monitor LCD, um televisor LCD, um computador portátil, um auto-rádio e oito telemóveis.
O indivíduo, de 37 anos de idade, foi presente ao Tribunal Judicial de Guimarães que lhe determinou a presentações quinzenais no posto policial da sua área de residência.
Noutras diligências, o mesmo Núcleo de Investigação Criminal identificou e constituiu arguidos dois indivíduos por suspeita de furto em diversas obras de construção civil.

Material de quatro furtos a obras de construção

O NIC apreendeu material associado a quatro furtos ocorridos recentemente no concelho de Guimarães, nas localidades de Ronfe e de Guardizela.
O material apreendido tem um valor estimado de cerca de cinco mil euros, revelou fonte policial.
Dos indivíduos identificados, um tem 30 anos de idade e reside no concelho da Póvoa de Lanhoso.
O outro, de 25 anos, tem residência no concelho de Guimarães.
Ambos foram constituídos arguidos.
O NIC de Guimarães apreendeu diversas ferramentas e equipamentos como aspirador, compressor, entre outros.

(Correio do Minho, 16-05-2009)

técnicos da autarquia dormem do sono. disse...

"Famílias numerosas têm descontos!"

Por um lado acho bem, se estiver essa família a necessitar desses descontos!?

Conheço a Ana Paula, assim como muitas famílias em todo o Concelho da Póvoa de Lanhoso, não está certo algumas famílias terem essas regalias!

Vejamos, se, o casal tiver dois ordenados acima da média, com certeza não abrangem?

Quando o Marido está no estrangeiro também não abrangem?

Julgo que a Câmara e quem está á frente deste projecto, não está bem a ver o esquema!

Porque é que não estudam as famílias, sem antes procederem a actos sem nexo, quando existem famílias a necessitarem e não tem tais regalias!?

Fico “fodido”, não tenho nada contra ninguém, tenho contra todos e...

Sempre e pela altura das aulas começarem, vou pedir apoio para meus filhos, e, nada!

Quando eu preciso, não me dão, outros que, tem marido no estrangeiro ou ordenados médios, casa paga, carro pago, teem direito!

Andam todos cegos, uns são mais bonitos que outros, esclareçam-me esta dúvida, que de dúvida não tenho nenhuma e, a vereadora da Acção Social, Fátima Moreira, o presidente Batista e técnicos da autarquia dormem do sono.

Respondam na vossa pessoa

DISTRITO, MAIS 28 POBRES POR DIA... disse...

Dados revelados pela Segurança Social

Braga registou até Março mais 28 pobres por dia

O distrito de Braga registou, nos três primeiros meses de 2009, uma média de 28,31 novos pobres por dia, tendo chegado ao final do mês de Março com mais 2 mil 548 pobres que os existentes no final de 2008.
Os números são revelados pela Segurança Social, que dá conta de um agravamento de 13,30 por cento dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção nos primeiros três meses deste ano. Também claro fica que os pobres do distrito ficaram ainda mais pobres, sendo esta indicação revelada pelo aumento do valor mensal médio que passou a ser atribuído a cada um dos quase 22 mil beneficiários do Rendimento Social.

(Díario do Minho, 16-05-2009)

Zé Racha disse...

Sabem quém é o individuo de cerca de 30 anos que foi detido pelo NIC de Guimarães e que andava a roubar materiais de construção nas obras?
A "bomba" está para rebentar.

Anónimo disse...

NOVAS GERAÇÕES COM FUTURO COMPROMETIDO

que futuro para os jovens...? desemprego, delinquência, vida nas ruas...


Prevê-se que a crise poderá comprometer as novas gerações de jovens que se confrontarão com um mercado sem ofertas ou com ofertas que escravizam, de salários baixos e horários extensos. A precaridade passará a ser generalizada e o mercado não terá regras. Durante anos a União Europeia financiou empresas e negócios com o intuito dos seus detentores e administradores proporcionarem postos de trabalho. Mas aquilo a que se assiste actualmente contradiz totalmente esta estratégia. Os patrões fogem com o dinheiro e deixam à deriva as suas empresas falidas, com salários em atraso e com milhares de empregados em situações desesperantes. Mais pobres e mais ricos. A classe média desapareceu. O futuro poderá estar…na revolução social. Enquanto há tempo, enquanto as forças de extrema-direita manipuladas pelos ricos não tomarem todo o poder, é possível fazer uma reforma social, quebrar com o ciclo vicioso das políticas corruptas do século XX e criar uma sociedade mais transparente e equilibrada. É agora, ou nunca…!!!